A FESAHT apresentou ao grupo Pestana uma proposta de aumentos salariais para os trabalhadores das Pausadas de Portugal de 4%, no mínimo 40 euros e 650 euros como valor mínimo na tabela salarial.
O grupo Pestana não apresentou qualquer contraproposta salarial nos prazos legais.
Na primeira reunião de negociações o grupo Pestana declarou que não é sua intenção atualizar os salários dos trabalhadores das pousadas em 2019, alegando que foram atualizados em 2018, com efeitos a 1 de julho e que, por isso, não houve aumento da inflação para justificar qualquer aumento salarial.
Ora, ao contrário do que diz o grupo Pestana, houve mesmo aumento da inflação neste período e, para além disso, a proposta sindical visa recuperar a enorme perda do poder de compra perdido ao longo dos 10 anos (2008/2018), em que não houve quaisquer aumentos ou estes foram manifestamente insuficientes e, por último, visa também repartir minimamente os ganhos obtidos nos últimos cinco anos de grande crescimento sucessivo do setor.
As Pousadas de Portugal foram as unidades hoteleiras que mais cresceram neste período, quer nas dormidas, quer nas receitas, sendo que as receitas subiram muito mais que as dormidas, o que demonstra ter havido subida significativa de preços.
Esta posição radical do grupo Pestana é uma afronta aos trabalhadores, pois os salários praticados pelo grupo são muito baixos, revela a política miserabilista e exploradora que o maior grupo económico hoteleiro português tem e o seu desprezo pelos trabalhadores, que todo os dias contribuem para a boa qualidade de serviço, o crescimento de dormidas, de camas e de unidades hoteleiras.
Face à posição incompreensível e inaceitável do grupo Pestana, os sindicatos vão realizar plenários para analisar a situação com os trabalhadores e decidir as medidas a tomar.
FONTE: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte