banner USSRetrato socio-económico do distrito de Santarém confirma a desertificação, envelhecimento, degradação de serviços públicos e empobrecimento geral da população.

O estudo foi realizado pelo Gabinete de Estudos da CGTP-IN para a União dos Sindicatos do Distrito de Santarém, no âmbito da preparação do XI Congresso desta organização, que decorrerá no próximo dia 30, no auditório da Casa dos Patudos, em Alpiarça.

Alguns dados do estudo:

População em queda e a envelhecer

O distrito de Santarém perdeu perto de 22,5 mil habitantes entre 2011 e 2018, correspondendo a 5% da população, o dobro da perda do país em termos percentuais (-2,5%). Em alguns concelhos, como Mação e Coruche, as perdas ultrapassam os 11%.

emprego Em 2017 havia cerca de 187,5 mil pessoas empregadas no Médio Tejo e Lezíria do Tejo, aqui se incluindo quer o emprego assalariado, quer o emprego por conta própria.

Emprego

O emprego total caiu 24% entre 2002 e 2013, tendo começado a recuperar a partir de 2014. Contudo, mesmo com o crescimento dos últimos anos não se recuperou o nível anterior. Em 2017 havia menos 43,6 mil postos de trabalho que em 2002, ou seja, menos 19%.

Precariedade

O peso dos contratos a termo no sector privado e no sector empresarial do Estado no distrito de Santarém era cerca de 33% em 2017. Em 2010 a precariedade era de 25% em termos globais.

Perda de poder de compra salarial

Em 2017 a remuneração base média mensal bruta dos trabalhadores por conta de outrem do distrito foi de 823 euros, menos 13% do que a média do Continente.
Apesar do aumento nominal entre 2010 e 2017, neste último ano os trabalhadores ainda estavam a perder poder de compra em relação a 2010 (22 euros, o que corresponde a menos 2,6% face a 2010).

Baixo poder de compra regional

O peso do distrito no poder de compra total do país era de 3,8% em 2015. O poder de compra per capita do distrito situava-se abaixo da média nacional em quase todos os concelhos do distrito com excepção do Entroncamento e de Santarém. Em Mação e Ferreira do Zêzere o poder de compra per capita não atingia sequer 70% da média do país.

FONTE: União dos Sindicatos do Distrito de Santarém