A administração da Kyaia insiste no aumento do horário trabalho diário de 20 minutos e no corte do salário, apesar de ter sido notificada da ilegalidade pela Autoridade para as Condições de Trabalho. A ACT já informou o sindicato que vai prosseguir com contra-ordenações decorrentes das violações às normas laborais.

A Direcção do Sindicato do Calçado do Minho e Trás-Os-Montes, continua a acompanhar a luta da maioria dos trabalhadores da produção das empresas do Grupo Fortunato – Kyaia sediadas em Guimarães e Paredes de Coura, iniciada no dia 7 de Outubro contra o aumento do horário trabalho diário de 20 minutos e o corte do salário mensal em 4% entre Outubro de 2019 e Janeiro de 2020.

Apesar das notificações da ACT com vista á rectificação das decisões legais da Administração até ao dia 16 de Janeiro, esta insiste em manter as suas decisões ilegais, tendo a ACT informado o Sindicato que vai continuar com os procedimentos legais e aplicar as respectivas contra-ordenações decorrentes das violações às normas laborais.

Numa nova tentativa para colocar fim ao conflito laboral que se arrasta há 4 meses a ACT propôs à Administração do Grupo Fortunato-Kyaia e ao Sindicato mediar uma nova reunião, a qual foi aceite pelas duas partes, sendo realizada no dia 30 de Janeiro nas instalações da ACT.

Perante este esforço no sentido do diálogo e negociação, o Sindicato e os trabalhadores decidiram suspender a Manifestação de Protesto em Lisboa no próximo sábado, dia 25 de Janeiro.

Entretanto, a Acção Judicial colocada pelo Sindicato no Tribunal de Guimarães com o objectivo de ver reconhecidas as duas pausas de 10 minutos como pausas de saúde e segurança no trabalho e como tal incluídas no tempo de trabalho, tem já marcada a primeira audiência para o dia 27 de Fevereiro.

FONTE: Sindicato do Calçado do Minho e Trás-Os-Montes