Efacec - imagem de arquivoA Efacec é estratégica e essencial para o país, a sua nacionalização tem de ser definitiva e seguida da integração da empresa no sector empresarial do Estado, defende o SITE Norte. O sindicato garante ainda que só assim serão assegurados os postos de trabalho, os direitos dos trabalhadores e o seu futuro.

Nota à Imprensa do SITE Norte - Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Norte:

EFACEC:
IMPÕE-SE INTEGRAÇÃO NO SECTOR EMPRESARIAL DO ESTADO E DEFESA DOS TRABALHADORES

Desde 2017 que o SITE-NORTE, dando voz aos trabalhadores, vem exigindo do governo uma intervenção na Efacec tomando as medidas necessárias para a defesa dos postos de trabalho e a valorização dos trabalhadores.

Em janeiro de 2020, em reunião com o Secretário de Estado da Economia e o Secretário de Estado do Trabalho, defendemos que a Efacec devia ser colocada ao serviço do País e que isso só seria possível com a sua nacionalização.

A decisão do Governo, anunciada ontem 02 de julho, de simultaneamente nacionalizar a Efacec e lançar um processo de reprivatização vai contra o que os trabalhadores e o SITE-NORTE defendem e afronta o interesse nacional.

A Efacec é estratégica e essencial para o País. Esta nacionalização tem de ser definitiva e tem de ser seguida da integração da empresa no sector empresarial do estado, só assim serão assegurados os postos de trabalho, os direitos dos trabalhadores e o seu futuro.

A Efacec são os seus trabalhadores. São estes e as suas famílias que estão a pagar esta crise à qual são totalmente alheios.

Assim, exigimos que o governo actue imediatamente no sentido de:

• Nacionalizar definitivamente a Efacec e proceder à integração no sector empresarial do estado;

• Pôr termo ao lay-off

Os trabalhadores estão há três meses em lay-off, tendo sido já comunicado que vão permanecer mais um mês nesta situação.

Os trabalhadores estão revoltados porque vêm os seus salários a serem injustamente cortados, as suas famílias a passarem dificuldades e ao mesmo tempo que isto acontece alguns postos de trabalho estão a ser ocupados por empresas externas.

Isto é inadmissível e o governo tem de intervir;

• Despedimento Colectivo

Readmitir os 16 trabalhadores que estão a contestar o despedimento colectivo.

Todos sabemos que este processo, como aliás foi admitido pela própria administração, é uma perseguição a estes trabalhadores.

Tal como no lay off, estes trabalhadores foram substituídos por empresas externas. Uma vergonha.

Está nas mãos do governo corrigir a situação.

• Processos disciplinares / despedimentos

Tem sido política desta administração recorrer a tudo o que pode para despedir, inclusive contratando especialistas em despedimentos.

Foi admitido em reunião com o sindicato que não tendo dinheiro para pagar indemnizações iriam recorrer aos processos disciplinares.

Esta política de assédio e perseguição tem de acabar.

O SITE-Norte é um sindicato de classe, totalmente ao serviço dos trabalhadores e que não cede a pressões. O nosso compromisso são os trabalhadores, a defesa dos seus postos de trabalho e dos seus direitos.

A luta continua.