20200521 Sines 640Aquilo a que, insolentemente, a administração da Petrogal (Grupo Galp Energia) chama «Plano Social» constitui na verdade uma campanha de ataque ao emprego. A Fiequimetal e os seus sindicatos estão a organizar a luta dos trabalhadores, com uma primeira acção marcada para dia 21, na sede da empresa.

Nenhum trabalhador deve abrir mão do seu posto de trabalho! - apela-se num comunicado em distribuição desde ontem.

O apregoado «Plano Social» não passa de publicidade enganosa. Mas a administração usa-o também para pressão e chantagem sobre os trabalhadores, procurando que aceitem pré-reformas a baixo custo e rescisões de contratos.

Lançando assim os trabalhadores no desemprego, a empresa coloca uma enorme sobrecarga na Segurança Social. Mas, em algumas situações, os trabalhadores ficam sem o direito legal a qualquer apoio social.

Perante estes factos, os trabalhadores devem rejeitar este «Plano Troikano» de despedimento e devem lutar pela defesa dos seus postos de trabalho.

Mais exploração
para mais dividendos

Isto é inaceitável, protesta-se no comunicado, e muito mais quando se trata de uma empresa que nos últimos anos tem distribuído dividendos fabulosos aos accionistas e continua a contratar trabalhadores em prestação de serviços, com redução de direitos.

A gravidade dos factos e da situação que foi criada exige que sejam efectuadas diligências junto das instâncias do Governo, entre outras. Exige, por outro lado, que seja reforçada a unidade dos trabalhadores, em defesa do direito de contratação colectiva e dos direitos laborais.

Não deve haver nem uma saída mais de trabalhadores da Petrogal com posto de trabalho efectivo, por troca com a contratação de trabalhadores com vínculos precários!

Face ao exposto, a Fiequimetal e os seus sindicatos vão:

• Solicitar reuniões com os ministérios do Trabalho e da Economia;
• Realizar uma acção de denúncia pública, junto à sede da empresa, no próximo dia 21, terça-feira, às 10h00;
• Envolver os trabalhadores – dirigentes sindicais irão desenvolver contactos com os trabalhadores, para auscultarem as suas opiniões e conjuntamente definir formas de luta.

FONTE: FIEQUIMETAL