20200731INCM plenario 640Num plenário realizado ontem, os trabalhadores da Imprensa Nacional Casa da Moeda mandataram os sindicatos e a Fiequimetal para exigirem da administração que prossiga a negociação da proposta reivindicativa para 2020, sem excluir os aumentos de salários e matérias de expressão pecuniária. Caso a resposta patronal seja negativa, serão decididas acções de luta.

Os trabalhadores reuniram-se no jardim frente à entrada principal da sede da INCM, em Lisboa. A comissão sindical preparou o local de forma a respeitar as recomendações sanitárias da DGS, designadamente quanto ao distanciamento físico e uso de material desinfectante e máscaras.

Apesar das diversas manobras do Conselho de Administração da INCM para tentar impedir a realização do plenário, este realizou-se e contou com dezenas de participantes, que respeitaram de forma exemplar as recomendações de segurança.

Foi repudiada a posição da administração, que se desculpa com a COVID-19 para dizer que não negoceia com a federação e os sindicatos (SITE Norte e SITE CSRA) as justas reivindicações dos trabalhadores, apresentadas na Proposta Reivindicativa para 2020, quanto aos aumentos dos salários e das restantes matérias de expressão pecuniária. Numa postura de autêntica futurologia, até vai defendendo que isso se aplicaria também para 2021.

Com justificada indignação foi criticada esta posição da administração de uma empresa do sector empresarial do Estado que, nos últimos dez anos, somou lucros superiores a 140 milhões de euros e que, durante esse mesmo período, manteve congelados os salários dos trabalhadores e a sua progressão nas carreiras.

É inaceitável que a administração tenha vindo dizer, como disse no dia 13 à Comissão Sindical, que não está disponível para aumentar a remuneração dos trabalhadores durante dois anos.

No plenário ficou garantido que, caso a empresa não venha ao encontro das justas reivindicações dos trabalhadores, estes irão decidir quais as acções mais apropriadas a desenvolver para alcançar aumentos justos.

A INCM não parou

Nos últimos quatro meses, seguindo as orientações da DGS e colocando trabalhadores em teletrabalho ou com horários desfasados, a INCM nunca parou e, em algumas áreas, até foi exigido esforço suplementar para não parar a produção - destaca-se num comunicado da Comissão Sindical que antecedeu a convocação do plenário.

Neste período de resposta à COVID-19, a empresa não deixou de ganhar dinheiro e conseguiu reduzir custos.

Não há nada que justifique a recusa de aumentos salariais.

FONTE: FIEQUIMETAL