O Pingo Doce / Jerónimo Martins referendou a adopção do banco de horas obrigando os trabalhadores a votar na sala do gerente, com este presente e a ver como votava o trabalhador, pressionou os trabalhadores a votar “sim”, caso contrário deixariam de receber prémios, e não permitiu aos trabalhadores e ao sindicato fiscalizar o processo.
Amanhã, 24 de Setembro, os trabalhadores do Pingo Doce / Jerónimo Martins fazem uma vigília contra a instituição do banco de horas, em frente a sede da empresa, no Campo Grande, em Lisboa, das 10:00 às 18:00 horas.
A vigília contará com a participação da secretária geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, que estará no local às 15:00 horas para manifestar a solidariedade do Movimento Sindical Unitário para com os trabalhadores em luta.
Informação do CESP
Vigília dos Trabalhadores do Pingo Doce / Jerónimo Martins contra o Banco de horas
24 de Setembro - 10:00 e as 18:00 horas - Campo Grande, em Lisboa
Os trabalhadores e o CESP lutam contra a implementação do banco de horas grupal.
A Luta dos trabalhadores em Portugal e no Mundo por jornadas de trabalho máximas de 8h atravessam séculos e a redução dos períodos normais de trabalho diário e semanal são factor de progresso das relações de trabalho e questão essencial para possibilitar a conciliação entre a vida pessoal e familiar e a vida profissional.
As questões relacionadas com os tempos de trabalho têm importância acrescida em empresas em que a larga maioria dos trabalhadores são mulheres, exactamente numa sociedade em que o apoio à família continua a ser feito essencialmente por mulheres.
Estas “estratégias” patronais de redução dos custos do trabalho, por via do alargamento das jornadas de trabalho beneficia única e exclusivamente os patrões. Aumenta os seus lucros e reduz o rendimento dos trabalhadores e o número de postos de trabalho.
Para além de tudo isto, o Pingo Doce / Jerónimo Martins pretende obrigar todos os trabalhadores a cumprir banco de horas grupal, por ter sido este o desejo da maioria dos trabalhadores das duas empresas. Falta o Pingo Doce / Jerónimo Martins responder em que condições os trabalhadores votaram. Esquece-se o Pingo Doce de dizer que os trabalhadores votaram “livremente” na sala do gerente, com este presente e a ver como votava o trabalhador? Esquece-se o Pingo Doce de dizer que os trabalhadores foram todos pressionados para votar sim, caso contrário deixariam de receber prémios? Esquece-se o Pingo Doce de dizer que não deixou os trabalhadores e o CESP fiscalizar o processo? De que tem/ teve medo o Pingo Doce?
Combater o banco de horas é um imperativo para defender o direito à família, ao lazer e à saúde dos trabalhadores do Pingo Doce e da Jerónimo Martins.
Combater o Banco de Horas é avisar o Pingo Doce, a Jerónimo Martins e todas as empresas de distribuição e a APED de que os Trabalhadores Não querem e não aceitam banco de horas nem desregulação dos horários de trabalho.
A Secretária Geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha estará no local às 15h para prestar toda a solidariedade do Movimento Sindical Unitário aos trabalhadores do Pingo Doce / Jerónimo Martins.