Antevendo uma enorme adesão à greve que hoje teve início, a Lidl anuncia que vai criar um novo escalão, mas só para quem está no último há mais de 12 meses. A Lidl insiste na mentira que “mil vezes repetida faz parecer ser verdade”.

Comunicado do CESP:

Lidl insiste na prática de “dar um chouriço em troca do porco!”

Mais uma vez, a Lidl muda as regras a meio do jogo, ao anunciar a criação de um novo escalão e um aumento salarial, mas só às chefias de loja e trabalhadores no último escalão.

Valorizamos todos os trabalhadores unidos na luta, que nunca baixaram os braços e só assim foi possível conseguir que a Lidl comunicasse este aumento salarial, embora aplicado de maneira discriminatória. É insuficiente e fica aquém do reivindicado pelos trabalhadores, que reivindicam 3€/dia, 90€/mês para TODOS OS TRABALHADORES Lidl.

Antevendo uma enorme adesão à Greve, a Lidl anuncia que vai criar um novo escalão, mas só para quem está no último escalão há mais de 12 meses, afirmando assim um aumento salarial de 50€. A Lidl insiste na mentira que “mil vezes repetida faz parecer ser verdade”, isto porque, a realidade da maioria dos trabalhadores de lojas e entrepostos não são 40h semanais, mas sim cargas horárias de 16h, 20h, 24h, e 32h sendo esse aumento, na realidade, muito menor porque é proporcional à carga horária.

Na realidade é uma mão quase cheia de nada!

Dizem que vão atribuir um prémio de 3% aos restantes trabalhadores, mas mais uma vez a realidade dos trabalhadores de lojas e entreposto é outra, porque vão receber um valor proporcional ao salário anual bruto da respectiva carga horária. Não dizem é que a partir de Março 2021 quem não tiver avaliações positivas não sobe de escalão!

No que toca às chefias, a Lidl anuncia que apenas os chefes de loja irão ter aumentos, excluindo os subchefes e chefes de secção. Uma manifesta e clara discriminação.

A principal luta dos trabalhadores são os aumentos salariais e as restantes reivindicações do caderno reivindicativo.

A Lidl tem grande dificuldade em ouvir as reivindicações dos seus trabalhadores, em negociar o caderno reivindicativo com o CESP e não tem assumido compromissos com a maioria dessas reivindicações.

O CESP irá reunir com a Lidl no dia 3 de Novembro, No Ministério do trabalho, com o intuito de negociar o Caderno Reivindicativo de 2020 e esperamos que não seja desconvocada a reunião e que a Lidl dignifique os trabalhadores da insígnia.