dministração do Hospital Santarém desvaloriza grave situação 640pxApesar de quase uma centena de profissionais ausentes, entre os quais 46 enfermeiros, a Presidente do Conselho de Administração afirmou que o Hospital Santarém continua a conseguir dar as respostas necessárias. O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses considera que a situação é grave e é inadmissível a tentativa de desvalorização, por parte da Administração.

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COVID-19 no Hospital de Santarém
Em Santarém, a representante do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses diz que é preciso testar todos os profissionais de saúde e todos os doentes.
Declarações de Helena Jorge, Sindicato dos Enfermeiros.
TVI 24 - Notícias

Comunicado do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses:

ENFERMEIROS | Hospital Santarém - Covid - 46 enfermeiros ausentes

A situação no Hospital de Santarém é grave e é inadmissível a tentativa de desvalorização por parte da Administração.

São no total 46 enfermeiros ausentes, uns por estarem infectados e outros por estarem em isolamento profiláctico.

Em declarações públicas, ontem, 25 de outubro, a Presidente do Conselho de Administração afirmou que o hospital continua a conseguir dar as respostas necessárias, apesar de quase uma centena de profissionais ausentes.

Sustenta esta afirmação:

com a contratação durante o verão de 15 enfermeiros,

o aumento da carga horária das equipas,

a “requisição” de enfermeiros em funções de chefia para a prestação de cuidados.

Inaceitável! De junho a outubro decorreram 4 meses onde, obrigatoriamente, a administração se deveria ter preparado para uma segunda onda da pandemia, já esperada. Os enfermeiros alertaram durante o Verão para a escassez de enfermeiros, um elevado número de horas extraordinárias e exaustão das equipas.

As contratações ao longo do ano sempre se demonstraram insuficientes e, inadmissivelmente, continuam a recorrer a ilegalidades com é o caso de horários de 12 horas e, agora, é colocar enfermeiros chefes na prestação de cuidados.

Responsabilizamos a administração do hospital, o Ministério da Saúde e Governo pela situação actual com que os profissionais estão confrontados por ausência de medidas de tampão no acesso aos serviços de internamento do hospital e, em consequência, pelo aumento dos ritmos de trabalho dos enfermeiros.

Para finalizar, a realidade do Hospital de Santarém demonstra que todos os profissionais estão na linha da frente do combate à pandemia e não apenas aqueles poucos que o governo decide para poupar no prémio e no subsídio de risco.