Trabalhadoras das cantinas escolares protestam frente à Câmara Municipal de LagosA associação patronal que representa as empresas que detêm a concessão das cantinas escolares, AHRESP, tem vindo a bloquear a revisão do Contrato Colectivo de Trabalho desde 2003, altura em que foi feita a última actualização da tabela salarial. A grande maioria destas trabalhadoras recebe salários muito baixos, em muitos casos abaixo da Salário Mínimo Nacional devido ao reduzido número de horas diárias por que são contratadas, muitas vezes em desrespeito pelo que estipula os cadernos de encargos, como acontece no concelho de Lagos.

Comunicado de Imprensa do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve:

TRABALHADORAS DAS CANTINAS E REFEITÓRIOS ESCOLARES PROTESTAM EM FRENTE À CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOS

Trabalhadoras das cantinas e refeitórios das escolas do concelho de Lagos protestaram ontem, dia 26, frente à Câmara Municipal. O protesto inseriu-se na greve nacional convocada pela Federação dos Sindicatos da Agricultura, Alimentação, Bebidas, Tabacos, Hotelaria e Turismo de Portugal, estrutura afecta à CGTP-IN, que decidiu avançar para este dia de luta nacional devido ao agravamento da situação social que se tem vindo a verificar neste sector, tendo resultado na paragem de todos refeitórios do concelho de Lagos e de outros concelhos, nomeadamente, na Escola Secundária de Albufeira.

Devido às opções dos últimos governos e da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, associação patronal que representa as empresas que detêm a concessão deste serviço, que tem vindo a bloquear a revisão do Contrato Colectivo de Trabalho desde 2003, altura em que foi feita a última actualização da tabela salarial, a grande maioria destas trabalhadoras recebe salários muito baixos, em muitos casos abaixo da Salário Mínimo Nacional devido ao reduzido número de horas diárias por que são contratadas pelas empresas, muitas vezes em desrespeito pelo que estipula os cadernos de encargos, como acontece no concelho de Lagos.

No seguimento desta acção de ontem, o sindicato solicitou nova reunião ao Presidente da Câmara Municipal de Lagos para analisar a situação nas cantinas e refeitórios do concelho, onde as condições de trabalho se têm vindo a degradar e a colocar em causa a qualidade e a segurança do serviço de alimentação prestado às crianças, pois a empresa não respeita os rácios e a carga horária estabelecida no caderno de encargos elaborado pela Câmara Municipal.