Eurest quer despedir 122 trabalhadores sem motivoO Sindicato de Hotelaria do Norte dirigiu-se à população e aos trabalhadores da Efacec para denunciar as falácias que a empresa Eurest usa como argumento para fazer um despedimento colectivo de 122 trabalhadores.

Além de que, lembra o sindicato, "a Eurest recebeu e continua a receber apoios do Estado neste período de pandemia para manter o emprego e não para despedir".

A Eurest, que explora o serviço de refeições das fábricas da Efacec, alega ter trabalhadores a mais, mas o sindicato contrapõe que isso não é verdade e que a empresa até tem trabalhadores a menos, face à crise sanitária e às tarefas acrescidas de higienização e desinfecção.

Comunicado do Sindicato dos Trabalhadores da Industria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte aos trabalhadores da EFACEC e à população:

Aos trabalhadores da EFACEC
À população

A Eurest, que explora o serviço de refeições das fábricas da EFACEC, está a promover um despedimento coletivo de 122 trabalhadores, onde incluiu trabalhadores das cantinas da EFACEC.

A Eurest tem um volume de negócios superior a 100 milhões de euros anualmente, dá milhões de lucros todos os anos.

A Eurest recebeu e continua a receber apoios do Estado neste período de pandemia para manter o emprego e não para despedir.

As consequências da covd-19 são temporárias e circunstanciais.

Não há nenhum motivo para a empresa recorrer ao despedimento coletivo.

A empresa explora o serviço de refeições de cantinas, refeitórios, cafetarias e bares de escolas, hospitais, fábricas, e outros institutos públicos e privados, ao qual concorre através de concursos públicos.

Se a Eurest entende que uma unidade não é rentável basta não concorrer, não precisa de despedir.

A Eurest alega ter trabalhadores a mais em algumas unidades, mas isso não é verdade, aliás, noutras cantinas tal como aqui, até tem trabalhadores a menos, face à crise sanitária e às tarefas acrescidas de higienização e desinfeção.

Além disso, a empresa contratou recentemente centenas de trabalhadores a termo incerto através de empresas de trabalho temporário para o mercado escolar.

A Eurest quer encerrar o processo à força tendo, inclusive, recusado fornecer às comissões intersindicais informação essencial para aferir os motivos alegados pela empresa e permitir a apresentação de propostas alternativas tendo em vista a minimização dos efeitos do despedimento.

Por isso, estamos em luta e pedimos a sua solidariedade.