Hospital Garcia de Orta aproveita estado de emergência para atropelar direitos laboraisO Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta «deliberou», sem apresentar uma justificação concreta, suspender o direito a férias aos profissionais de saúde e a sua apresentação imediata no dia 23 de novembro.

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul exorta o presidente do Conselho de Administração a exercer uma verdadeira gestão de recursos humanos que promova a qualidade nos cuidados de saúde prestados, em vez de praticar uma política autoritária e autocrática, que promove o descontentamento e o abandono dos médicos do Serviço Nacional de Saúde.

Comunicado do Sindicato dos Médicos da Zona Sul

Hospital Garcia de Orta “aproveita” estado de emergência para atropelar direitos laborais

Na circular n.º 52/2020, de 19 de novembro de 2020, o Conselho de Administração (CA) do Hospital Garcia de Orta «deliberou», sem apresentar uma justificação concreta, suspender o direito a férias aos profissionais de saúde e a sua apresentação imediata no dia 23 de novembro.

Ora, o Sr. Presidente do CA Luís Amaro deveria saber que a suspensão do direito a férias não pode ser efetivada pela mera invocação, genérica e abstrata da prontidão de resposta no combate à propagação da doença COVID-19, sendo exigível que sejam fornecidas as razões concretas e justificadas da real necessidade.

O Sr. Presidente do CA não pode usar o estado de emergência para justificar o atropelo dos direitos laborais dos profissionais de saúde, com consequências para a sua exaustão e respetiva qualidade dos cuidados de saúde prestados aos doentes – aliás, esta atitude exemplifica a política gestionária que tem sido levada a cabo por este Hospital nos últimos anos e que justifica o motivo pelo qual esta instituição não consegue contratar médicos.

O Sindicato dos Médicos da Zona Sul exorta o Sr. Presidente do CA a exercer uma verdadeira gestão de recursos humanos que promova a qualidade nos cuidados de saúde prestados, em vez de praticar uma política autoritária e autocrática, que promove o descontentamento e o abandono dos médicos do Serviço Nacional de Saúde.