Processo negocial da Meo/Altice
A Administração continua a brincar com quem trabalha

Depois do ilegal, desumano, imoral e desnecessário despedimento colectivo, vêm com uma contra proposta cujos indícios são mais uma afronta aos trabalhadores, depois de todos os anos que se passaram sem aumentos, a Administração da Meo/Altice tem o desplante de, dia 18 Outubro apresentar a seguinte proposta de aumentos salariais:

1. SALÁRIOS ATÉ 760€. O aumento proposto é de 1%, ou seja, o valor máximo é de 7,6€.

Continua o filme de trabalhadores altamente qualificados, terem o salário próximo do SMN.

É também uma forma de empurrar trabalhadores para a concorrência e outras empesas, porque o objectivo da redução de efectivos por todas as vias possíveis continua.

2. SALÁRIOS ENTRE 761€ E 2.000C. O aumento proposto é de 0,5% e acima deste valor de 2.000C, é 0%.

Esta é outra afronta a quem trabalha que nem merece mais comentários portão evidente ser.

3. EFEITOS. A vergonhosa proposta da MEO/Altice é com efeitos a 01.01.2022, quando a proposta sindical defende justamente que estes se reportem a 01.01.2021.

O atraso do início do processo negociai, é obra estratégica da MEO/Altice, porque a Frente Sindical entregou a sua Proposta a 27 de Maio passado.

4. MIGALHAS. Vêm com umas migalhas de Progressões e Promoções, cuja decisão de aplicação, depende da indigitação dos "gestores locais", cuja prática em muitos casos é de todos conhecida.

PODE-SE PERGUNTAR. Como é que uma Empresa que tem todos os anos os avultados resultados publicamente conhecidos, ainda mais volumosos no período da pandemia, tem o desplante de fazer propostas deste tipo?

De facto, a ganância dos donos do capital, no caso da Altice, dos accionistas e dos seus mandatários é tal, que não os deixa perceber que quem produz a riqueza que eles amealham, são os trabalhadores, não são os administradores.

OUTRO DESPLANTE. A DRH teve o desplante de dizer que a empresa espera concluir o processo em 4 ou 5 sessões e em termos de calendário, até ao fim de Novembro.

Com a capacidade negociai que a MEO/Altice tem mostrado ao longo dos anos e que não se vislumbra qualquer alteração para melhor, é no mínimo inconcebível que a DRH venha falar num limite temporal.

A Frente Sindical comunicou à equipa negociadora da MEO/Altice, que o acordo até pode ser conseguido numa ou duas sessões, basta para isso que apresentem propostas aceitáveis, que abram os cordões à bolsa.

A próxima reunião será dia 25, vamos ver se "aquela moita deita algum coelho".

LUTA É O CAMINHO. A resposta à atitude da Adm. da MEO/Altice só pode ser o caminho da LUTA e nos próximos QUATRO PLENÁRIOS, este tema já irá ser debatido, tal como noutros Plenários que se seguirão proximamente, porque não há tempo a perder.

É preciso barrar o caminho à Gestão duma Empresa que está cá a mais.

A LUTA CONTINUA, NOS GABINETES, NA EMPRESA E NA RUA.

Frente Sindical recebida pelo Grupo Parlamentar do PCP.

Na sequência das reuniões realizadas com o Grupo Parlamentar dos Verdes e com a CGTP, cuja informação já foi divulgada, a Frente Sindical foi recebida dia 18 pelo Grupo Parlamentar do PCP, tendo sido entregue um exemplar do Dossier que temos elaborado com 30 Temas, relacionados com o Despedimentos Colectivo, Contratação Colectiva, Precariedade e vários outros.

Depois de uma apresentação guiada do Dossier, o Grupo Parlamentar do PCP transmitiu-nos total sintonia com todas as matérias, muitas das quais em regra o Grupo Parlamentar tem vindo a defender na AR.

Algumas das matérias constantes do nosso Dossier, tinham sido apresentadas pelo Grupo Parlamentar do PCP no dia 30 de Junho, através de um Projecto-lei, que foi chumbado pelo PS-PSD- CDS e IL.

Como o Grupo Parlamentar do PCP está de acordo e em sintonia com todos os Temas constantes do nosso Dossier, foi-nos dada a garantia que a sua defesa continuará a ser feita na AR.

INCRÍVEL. Durante a discussão do Despedimento Colectivo, a CITE fez algumas recomendações e uma delas referiu-se a um trabalhador de Braga, em relação ao qual esta entidade recomendou à MEO/Altice que retirasse o trabalhador do Despedimento Colectivo, porque reunia condições para tal.

A MEO/Altice, continuando a mostrar todo o seu grau de desumanismo e crueldade para com os trabalhadores, não acatou a recomendação da CITE, pelo que o processo seguiu a via Judicial.

Temos informações que a empresa vai contestar em Tribunal o parecer da CITE que segundo peritos na matéria é imperativo, mas o empenho em despedir trabalhadores é tal, que não olham a meios para atingir os fins.

Em relação aos processos judiciais que em regra lhe são desfavoráveis, a prática tem sido recorrer de tudo, mesmo que juridicamente não tenha argumentos para isso.

Em relação às intervenções Inspectivas da ACT, mais de 269 com coimas superiores a 5 milhões de Euros, dos quais só pagou menos de 10%, é coisa nunca vista a nível empresarial.

Uma tal forma de gerir a MEO/Altice, impunha que a Administração fosse substituída, mas todos estes comportamentos se coadunam com o ADN dos donos de empresa.

PARA REFLEXÃO. Todas as atitudes que a Adm. da MEO/Altice tem vindo a ter para com os trabalhadores ao longo dos 6 anos de existência, devem ser analisados por quem vende a força do trabalho e cada um meditar sobre o esforço que faz para uma empresa cuja Adm. trata assim quem produz a riqueza que vai enchendo os cofres do accionista que não reparte nada.

DE FACTO, NÃO QUEREMOS CÁ A ALTICE, PORQUE NÃO FAZ FALTA AO PAÍS.

Fonte: STT