Marcha dos trabalhadores da Saint Gobain exigiu a recuperação do empregoOs trabalhadores da Saint-Gobain fizeram uma Marcha pelo Emprego e pela Produção, na sexta-feira, em Lisboa, do Campo das Cebolas para o Ministério da Economia, onde se realizou a concentração de trabalhadores e foi entregue uma Posição Pública ao Governo em que exigem decisões urgentes que assegurem a reabertura da laboração da fábrica e a recuperação do emprego dos seus trabalhadores.

No início de Agosto de 2021, o Grupo Saint-Gobain divulgou em comunicado que “quebrou recordes no primeiro semestre em todos os indicadores. O grupo encerrou o período com 22.131 milhões de euros em vendas, 24,6% a mais, comparativamente com o mesmo período de 2020. Além disso, o resultado operativo experimentou uma subida de 187,3% relativamente ao ano anterior, até atingir os 2.376 milhões de euros”.

Benoit Bazin, director executivo da Saint-Gobain, afirmou que “este resultado recorde para o primeiro semestre de 2021 superou mesmo o nosso desempenho do segundo semestre de 2020”.

No final desse mesmo mês de Agosto, a Saint-Gobain Sekurit Portugal, SA, única fábrica de transformação de vidro automóvel em Portugal, anunciou o encerramento e o despedimento da totalidade dos seus 130 trabalhadores, na fábrica de Santa Iria de Azóia.

Este despedimento colectivo é um crime económico e social para o País e para os trabalhadores.

Por isso se exigem do Governo decisões urgentes que assegurem a reabertura da laboração da fábrica e a recuperação do emprego dos seus trabalhadores, através de um projecto industrial inovador (vidro solar para viaturas eléctricas e híbridas), para além da exigência de que o Estado português recupere a licença exclusiva de produção de vidro em Portugal que entregou à multinacional Saint-Gobain na venda da antiga Covina (Companhia Vidreira Nacional).

Fonte: FEVICCOM