Realiza-se no próximo dia 10 do corrente mês uma greve nacional dos trabalhadores das cantinas, refeitórios, fábricas de refeições, áreas de serviço e bares concessionados por:

  • Aumentos salariais dignos;
  • Defesa dos direitos;
  • Negociação do CCT.

A associação patronal AHRESP tem vindo a adiar sucessivamente as reuniões de negociações. Além disso, a AHRESP insiste na retirada direitos importantes destes trabalhadores, como o subsídio noturno; quer reduzir o pagamento do trabalho suplementar, o trabalho em dia feriado e em dia de descanso semanal; pretende impor horários de trabalho de 12 horas diárias, horários concentrados e bancos de horas. A proposta de aumentos salariais para 2022 da AHRESP é inaceitável, insistindo numa politica de salários baixos ao ponto de pretender colocar os cozinheiros a receberam praticamente o Salário Mínimo Nacional (SMN).

Recorde-se que a AHRESP não assina revisões salariais com a FESAHT desde 2003. Na tabela salarial de 2003 assinada, as cozinheiras de 3.ª ganhavam mais 124 euros que o SMN, as cozinheiras de 2.ª ganhavam mais 162 euros que o SMN e as empregadas de refeitório ganhavam mais 77 euros que o SMN.

A AHRESP tem-se servido da UGT para assinar tabelas salariais baixas ao longo destes quase 20 anos, com grandes perdas de direitos dos trabalhadores e de poder de compra face ao SMN.

No decorrer da greve terão lugar concentrações de protesto na sede e delegações da AHRESP, a saber:

PORTO, delegação da AHRESP, Rua Dr. Alfredo Magalhães, n.º 60 Porto, às 10 horas;

COIMBRA, delegação da AHRESP, Largo da portagem, às 11:30 horas;

LISBOA, sede da AHRESP, Av. Duque de Ávila, n.º 75, às 11 horas.

A FESAHT promoverá uma Conferência de Imprensa no decorrer da concentração de protesto no Porto, pelas 10:30 horas, para fazer o balanço da greve.

Fonte: Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal