O STEC, a Organização Sindical mais representativa dos trabalhadores do Grupo CGD, convocou uma Greve no Grupo CGD para os próximos dias 30 e 31 de dezembro, bem como uma concentração para o dia 30 de dezembro pelas 12.00 Horas - junto à sede da CGD – AV João XXI.

A postura da Administração da CGD de total sobranceria, intransigência e desrespeito para com os trabalhadores não pode deixar ninguém indiferente!

O STEC esteve desde o início deste processo com total responsabilidade e disponibilidade para negociar, mas não pode aceitar a desconsideração reiterada da Gestão sobre os trabalhadores da CGD.

A proposta de aumento salarial de cerca de 0.4% é INSULTUOSA E VERGONHOSA!

A CGD entre 2020 e os primeiros nove meses de 2021 alcançou, um resultado próximo dos MIL MILHÕES DE EUROS, os maiores lucros de toda a Banca em Portugal, um valor astronómico, demonstrativo da forte solidez financeira da Empresa, que possibilitou a entrega ao Estado de um dividendo extra de 300 milhões de euros!

São muitos e muitos milhões que foram alcançados com o trabalho, empenho e dedicação de todos os trabalhadores, mas para a Administração da CGD esse trabalho vale a miserável recompensa de 0.4% de aumento salarial.

Estamos a chegar ao final do ano sem qualquer atualização salarial e a disponibilidade da CGD para voltar a sentar-se à mesa das negociações, será apenas no final do corrente mês, mais uma vez, numa postura de desconsideração e afronta.

A inflação prevista para 2021 é superior a 1%, com o aumento proposto pela CGD os trabalhadores continuarão a perder poder de compra, o que sucede desde 2010, dado que desde esse ano apenas ocorreram três atualizações salariais na Empresa a que acresce os 4 anos de carreira (2013-2016) completamente apagados.

A tudo isto soma-se a contínua deterioração e degradação das condições de trabalho, e o facto grave e perigoso da CGD não cumprir com o horário de trabalho legalmente estabelecido. Tudo situações que o STEC tem insistentemente denunciado!

A Administração da CGD não pugna pelo diálogo e pela paz social na Empresa, bem pelo contrário, ignora os trabalhadores, praticando a política do “chicote” da exigência, tendo agido de má-fé em todo este processo negocial de atualização da tabela salarial.

Não há outra alternativa, A RESPOSTA SÓ PODE SER A REINVIDICAÇÃO E A LUTA, a aceitação da injustiça, da discriminação e do desrespeito sobre os trabalhadores, com o STEC garantidamente, NÃO PASSARÃO!

Fonte: STEC