Reivindicações para 2022 dos trabalhadores de hotelaria foram entregues à associação patronalOs trabalhadores hotéis, restaurantes, cafés, pastelarias e similares, estiveram hoje concentrados junto à sede da associação patronal, APHORT, onde fizeram a entrega de uma moção em que enunciaram as principais reivindicações do sector para o próximo ano.

Moção

aprovada pelos trabalhadores dos hotéis, restaurantes, cafés, pastelarias e similares, concentrados à porta da sede da associação patronal APHORT, no Porto, no dia 20 de dezembro de 2021

Considerado que:

  • A associação patronal APHORT não negoceia a revisão do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) desde 2018;
  • A esmagadora maioria das empresas do setor não deu quaisquer aumentos salariais nos últimos três anos, exceto os que resultaram da atualização do Salário Mínimo Nacional (SMN);
  • Os salários praticados nas empresas do setor são muito baixos;
  • Mais de 80% dos trabalhadores dos hotéis, restaurantes, cafés, pastelarias, confeitarias e similares recebem apenas o SMN;
  • Desde o primeiro ano em que a APHORT recusou negociar a tabela salarial em 2019 o Salário Mínimo Nacional aumentou 125 euros;
  • Muitas empresas retiraram direitos aos trabalhadores no início da pandemia que ainda não foram repostos, designadamente prémios, subsídios de línguas, subsídio de transporte e outras prestações regulares;
  • Muitas empresas estão a violar direitos importantes da contratação coletiva em vigor.

Assim, os trabalhadores hotéis, restaurantes, cafés, pastelarias e similares, concentrados na sede da associação patronal APHORT, no Porto, no dia 20 de dezembro de 2021, exigem:

  1. Negociação imediata da revisão do CCT em vigor;
  2. Aumentos salariais de 125 euros na tabela salarial para 2022 de modo a manter os leques salariais na tabela salarial negociada em 2018;
  3. Reposição dos direitos retirados aos trabalhadores no período da pandemia;
  4. Respeito pelo CCT em vigor e demais direitos dos trabalhadores.

Porto, 20 de dezembro de 2021

Os trabalhadores

Fonte: Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal