É possível impedir a subida do preço da electricidade e respeitar os interesses dos trabalhadores, defende a Fiequimetal, que vai apresentar, depois de amanhã, algumas medidas e orientações para controlar os custos da energia eléctrica e corrigir outros prejuízos da política de transição energética.

A federação, numa nota à comunicação social a anunciar uma conferência de imprensa, adianta que irá responder a interrogações pertinentes, tais como:

• Justifica-se defender a reactivação das centrais e da refinaria encerradas?

• Como chegam aos trabalhadores as verbas do «fundo para uma transição justa»?

• Que interesses motivam as decisões tomadas pelo Governo nesta matéria?

• Que avanços há na mitigação dos problemas ambientais, como a emissão de gases com efeito de estufa?

• De que forma, no presente contexto, será possível intervir no aumento dos preços da energia?

A análise da federação assenta no conhecimento da realidade e numa ampla discussão, envolvendo trabalhadores, dirigentes sindicais e quadros técnicos.

Por várias vezes, a federação e os sindicatos alertaram para as graves implicações do apressado encerramento de instalações que tinham um peso significativo na produção de energia.

Agora, pode-se afirmar que o fecho de duas centrais termoeléctricas, em Sines e no Pego, e da refinaria do Porto, em Matosinhos, contribuiu claramente para o aumento das importações e para a subida descontrolada dos preços.

Soube-se entretanto que, perante o aumento da factura da energia, há cada vez mais empresas que pressionam os trabalhadores para aceitarem a alteração dos horários de trabalho, de modo a concentrar a produção nos períodos com tarifários mais baixos.

FONTE: FIEQUIMETAL