As trabalhadoras das escolas do 1.º ciclo do município de Guimarães reuniram-se em plenário, na delegação do sindicato em Guimarães, no passado dia 10, para analisarem a sua situação social e decidiram realizar uma greve dia 17 de Março, com concentração junto à Câmara Municipal de Guimarães, se até lá não virem os seus problemas resolvidos.
Das 130 trabalhadoras, destas 60 cantinas, apenas 4 são efetivas, sendo as demais contratadas a termo certo pela Uniself, que é a empresa concessionária do serviço de refeições do município de Guimarães, ou por empresas de trabalho temporário.
Estas trabalhadoras são contratadas todos os anos em setembro para serem despedidas em junho ou julho do ano seguinte, vivendo esta insegurança, ano após ano, algumas há 17/18 anos consecutivos.
Para além desta precariedade brutal, a Uniself está obrigada a classificar as 60 cozinheiras existentes como cozinheiras de 2.ª, por força da contratação coletiva, mas apenas uma está devidamente classificada. Também a maioria das empregadas de refeitório deviam estar classificadas como preparadoras de cozinha.
Os salários são muito baixos, não são atualizados desde 2010. O caderno de encargos celebrado com o município não é respeitado. Os ritmos de trabalho são muito intensos devido à falta de pessoal. Os trabalhadores decidiram dizer basta e, depois do plenário, dirigiram-se à Câmara Municipal para exigirem ser ouvidos, tendo sido agendada uma reunião para amanhã com a vereadora responsável pelo pelouro.
FONTE: STIHTRSN