chelsea faroOs trabalhadores da cadeia de restauração do Grupo Chelsea, com vários estabelecimentos em Faro, contactaram o Sindicato da Hotelaria do Algarve por não terem recebido os salários de Fevereiro e de Março e receiam que o mesmo venha a acontecer em Abril. Segundo os relatos, a empresa alega que está à espera do lay-off.

Comunicado de Imprensa do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve:

COVID-19: GRUPO CHELSEA AINDA NÃO PAGOU OS SALÁRIOS DE FEVEREIRO E MARÇO

Segundo vários trabalhadores que têm contactado o sindicato, o Grupo Chelsea, cadeia de restauração e similares com vários estabelecimentos em Faro, ainda não terá pago os salários de Fevereiro e Março aos cerca de 30 trabalhadores, alegando que se encontra à espera do lay-off. Os trabalhadores estão com receio de também não receberem o salário do presente mês de Abril.

Além disso, também há trabalhadores que ainda não receberam os subsídios de férias e de Natal, feriados, folgas e horas extras. Os trabalhadores estão a sofrer bastante com a situação por estarem sem meios de subsistência e sem conseguirem cumprir com os seus compromissos, nomeadamente, a renda de casa, alimentação, entre outros. Há trabalhadores que já denunciaram a situação à Autoridade para as Condições do Trabalho, sendo que o sindicato irá fazer o mesmo.

Este é mais um exemplo, entre muitos outros, que demonstra que não basta o Governo dizer que está preocupado com os trabalhadores. É preciso que o Governo oiça os sindicatos da CGTP-IN, que desde o início do surto epidémico vêm reclamando medidas para evitar o colapso social e económico que se está a verificar, particularmente na região do Algarve, e que tome medidas urgentes que protejam os trabalhadores e a economia regional. É necessário que o Governo proíba todos os despedimentos efectuados desde 1 de Março; revogue o “lay-off simplificado”; crie um Fundo Especial, financiado pelo Orçamento do Estado, para garantir o pagamento dos salários directamente aos trabalhadores de empresas que verdadeiramente necessitem desse apoio; e dote a Autoridade para as Condições do Trabalho da orientação política e dos meios humanos e materiais necessários de forma a devolver a esta autoridade pública as capacidades para acabar com o clima de impunidade instalado.

O Sindicato da Hotelaria do Algarve irá continuar a acompanhar esta situação e faz o apelo a estes e aos restantes trabalhadores do sector para se unirem e se associarem ao sindicato na luta pela defesa do emprego, dos salários, dos direitos e por um desenvolvimento regional assente em emprego estável e numa mais justa repartição da riqueza com os trabalhadores.

FONTE: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve