Giovanni Galli põe trabalhadores a pagar Estado de Emergência 640Por causa do encerramento das lojas às 13:00 horas, decidido pelo Governo, a Giovanni Galli quer que os trabalhadores fiquem a dever horas de trabalho à empresa, que terão de pagar nos seus dias de descanso semanal.

Nota à Comunicação Social do CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal:

Giovanni Galli (Vasconcelos & Gonçalves) aproveita Estado de Emergência para atacar os Direitos dos Trabalhadores

A empresa com o anunciado encerramento das lojas às 13h afirma que os trabalhadores vão ficar a dever horas de trabalho à empresa, e que terão de compensar essas horas abdicando de dias de descanso semanal no mês de Dezembro.

Ao CESP chegaram denúncias de todo o País. Em alguns locais de trabalho, os trabalhadores foram obrigados a trabalhar horas a mais na semana em curso para “compensar” as horas que não vão trabalhar durante o fim-de-semana, da mesma forma que a outros trabalhadores a empresa “atribuiu” um terceiro dia de descanso semanal que os trabalhadores “compensarão” no mês de Dezembro ou noutra data definida pela empresa – momento em que gozarão apenas 1 dia de descanso semanal.

O Estado de Emergência não suspendeu nenhum direito dos trabalhadores da Giovanni Galli, mas mais uma vez a empresa de forma arrogante afirma que agirá disciplinarmente contra os trabalhadores que não aceitem ficar a dever horas de trabalho à empresa ou que se recusem a trabalhar horas a mais para compensar as horas que não irão trabalhar no fim-de-semana por encerramento antecipado das lojas.

Exige-se que a Autoridade para as Condições de Trabalho actue e obrigue a empresa a cumprir a legislação, da mesma forma que deve penalizar a empresa por ameaças feitas aos trabalhadores que não aceitem cumprir ordens ilegítimas.

O CESP afirma, mais uma vez, que à boleia do Estado de emergência, assim como já tinha acontecido no passado, as empresas tentam atropelar os direitos dos trabalhadores.

Esta prática não é exclusiva da Giovanni Galli, outras empresas do comércio, estão a impor alterações de horários, obrigação de acumular tempos de trabalho em banco de horas negativo, gozo compulsivo de dias de férias, para dar apenas alguns exemplos.

O CESP apela aos trabalhadores do comércio que defendam os seus direitos individuais e colectivos e que denunciem ao CESP e à ACT – Autoridade para as Condições de Trabalho todas as ilegalidades!

Os direitos dos trabalhadores não estão suspensos, as empresas têm de cumprir a lei e respeitar os trabalhadores.