CUSTO DE VIDA AGRAVA-SE EM 2022

Este ano, os trabalhadores da Administração Pública voltam a sofrer uma importante redução do seu poder de compra, por via do crescimento da inflação – que “come” a actualização salarial de 0,9% decidida pelo governo PS – e pelo forte aumento do preço dos bens essenciais, como os produtos alimentares e a energia (electricidade, gás e combustíveis). Após mais de uma década de estagnação salarial, importa que o novo governo PS assuma, como prioridade, a inversão da política de baixos salários na Administração Pública que, além do impacto directo na recuperação da economia, é indispensável para a valorização dos seus trabalhadores e para a tornar atractiva para os jovens.

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Em 2022, o custo de vida vai agravar-se e os trabalhadores da Administração Pública voltam a sofrer uma importante redução do seu poder de compra, apesar de todos os indicadores apontarem para um crescimento da economia nacional. Refira-se que, em 2021, o PIB português cresceu 4,9%, segundo dados recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Desde 2009, os trabalhadores da Administração Pública viram o seu salário baixar por via dos aumentos anuais dos preços, dos descontos para a CGA, ADSE e para o IRS, bem como pelo corte nos salários superiores a 1500 euros.

Os dados do INE mostram, claramente, uma aceleração da inflação em Portugal a partir do 2.º semestre de 2021 e que, se tal ritmo se mantiver, os preços irão aumentar cerca de 5%, provocando – a par do minguo “aumento” das remunerações, em 0,9%, e das pensões, entre 0,24% e 1% – uma redução significativa do poder de compra dos pensionistas e dos trabalhadores da Administração Pública – e em particular na Administração Local, o seu “parente pobre” –, cujos salários têm sofrido um “travão a fundo” nos últimos 12 anos, a não ser a subida de miséria de 0,3% em 2020, e que, por via do SIADAP, 75% dos trabalhadores só sobem de escalão remuneratório ao fim de 10 anos.
Em 2021, e em relação a Dezembro de 2020, os dados do INE indicam que o sector da Administração Pública registou uma estagnação salarial (0%), num quadro em que a remuneração bruta mensal média, em Portugal, subiu 3,4% (para 1361 euros).

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Fonte: STAL