Os trabalhadores reunidos em Plenário, no passado dia 1 de Julho, decidiram apresentar um abaixo-assinado ao Presidente da CML, expondo o seu desagrado face à continuação do jogo do empurra entre ambas as entidades.
Incompreensivelmente, estamos ainda a aguardar que o executivo da CML se digne a honrar o compromisso assumido e se sente para negociar com o CESP as várias matérias que ainda se encontram pendentes no Caderno Reivindicativo deste ano!
A luta dos trabalhadores da EMEL pelo Caderno Reivindicativo de 2022 e o seu descontentamento face às contrapropostas obtidas nas diversas reuniões negociais, originaram diversas tomadas de posição!
Realizamos Plenários dentro das instalações (Sanches Coelho), Plenários com saída à rua (sede da EMEL – Lumiar e Paços do Concelho – frente à CML), e, ainda, não uma, mas duas greves de participação massiva dos trabalhadores, nomeadamente na área operacional.
Estas greves históricas demonstraram o grau de desagrado dos trabalhadores perante as migalhas dadas, por uma empresa que gera milhões, àqueles que são o garante da sua riqueza!
Numa altura em que a inflação atinge recordes dos últimos 30 anos e que o custo de vida está altíssimo, a EMEL decide, no seguimento da última greve, ao invés de retomar as negociações para reforçar matérias de expressão pecuniária, implementa a oferta do dia de aniversário aos seus trabalhadores.
E ao fazê-lo, em vez de aproveitar a proposta do CESP em que não discrimina os trabalhadores, decide que a sua aplicação é somente aos aniversariantes a partir de 1 de Julho, esquecendo os trabalhadores que já fizeram anos no primeiro semestre do corrente ano e não têm em consideração quem faz anos em dia de descanso/feriado.
No decorrer deste ano iremos também iniciar a discussão de um novo Caderno Reivindicativo, que não irá deixar cair as justas propostas que ainda não foram aprovadas pelo CA da EMEL, bem como, acrescentar aquelas que venham a ser aprovadas nos próximos Plenários
Esperamos que, quer o CA EMEL quer o executivo da CML, tenham entendido, por força das tomadas de posição dos trabalhadores, as consequências de não valorizarem aqueles que são a força mais importante da empresa!
Caso ainda não tenham entendido, aqui nos encontraremos as vezes que forem necessárias para, lado a lado com os trabalhadores, unidos, lutarmos de todas as formas que consideremos necessárias em defesa dos mais elementares direitos!
Lutamos, juntos, por uma vida que não obrigue os trabalhadores, que geram milhões, a sobreviverem contando tostões!
Fonte: CESP