Trabalhadores da Aptiv decidem proposta reivindicativa e plano de grevesOs trabalhadores da Aptiv, em Braga, reunidos em plenários nos passados dias 12 e 13 de janeiro, discutiram e aprovaram o Caderno Reivindicativo no qual constam as suas principais reivindicações, assim como o calendário de greves caso a resposta da empresa seja negativa aos seus anseios.

Desta proposta constam, um aumento salarial no valor mínimo de 100€ para todos sem discriminação; o acrescento de uma quinta diuturnidade a aplicação destas a todos os trabalhadores, rúbrica que a administração da empresa retirou em 2013; o pagamento a todos os trabalhadores de um subsídio de turno de 10% e de 15% para os turnos fixos e rotativos respectivamente; a redução da carreira profissional de Operador Especializado e de Operador de Logística para cinco anos e seis meses, que actualmente se encontra em nove anos e seis meses, completamente desfasada da realidade. Ainda a redução em 30 minutos dos horários de trabalho e o fim da sexta noite do turno da noite; assim como que o pagamento da refeição na cantina não seja superior a 3,5€ sem perda de qualidade e a devolução do restante valor do subsídio, visto que as refeições não equivalem ao valor pago atualmente e a empresa não ter ainda feito nada em relação a isso e a passagem a efectivos de todos os trabalhadores que ocupem postos de trabalho permanentes há mais de seis meses.

Os trabalhadores rejeitam ainda que a empresa venha a aplicar a actualização salarial com base nos valores que lhes permita ter os benefícios fiscais anunciados pelo governo, valores que estão longe das necessidades decorrentes do brutal aumento da inflação e da especulação que temos vivido além de considerarem um abuso que uma empresa como a Aptiv, uma multinacional com lucros anuais de milhões de euros tenha borlas do Estado enquanto mantém uma política de baixos salários e de retirada de direitos.

Os trabalhadores irão entregar a proposta e aguardar resposta aos seus anseios até ao dia 27 de janeiro sendo que já discutiram que, se a empresa não vier ao encontro das reivindicações acima expostas, irão estar em greve nos dias 2, 9, 16 e 23 do mês de fevereiro assim como irão fazer greve ao trabalho suplementar.

Fonte: Site Norte