Ataque à liberdade sindical no Grupo SonaeA Liberdade sindical, assegurada pelo Artigo 55.º da Constituição da República Portuguesa, tem vindo a ser posta em causa no Grupo Sonae.

De acordo com este artigo, todos os trabalhadores são livres de:

• exercer livremente actividade sindical sem qualquer discriminação;

• constituir associações sindicais a todos os níveis;

• exercer actividade sindical na empresa.

Contudo, através dos directores de loja e chefias, o Grupo Sonae tem atacado, nos últimos dias, cada um destes direitos sem pudor. Trabalhadores têm sido chamados para conversas individuais, de tom intimidatório, onde lhes são transmitidas mentiras acerca do nosso Sindicato e do Contrato

Trabalho assinado nas nossas costas, pelo representante da empresa (APED – Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição) e por um sindicato da UGT.

Nestas conversas, constam também ameaças gravíssimas e argumentos igualmente mentirosos acerca do banco de horas – uma absoluta farsa mascarada de “liberdade”:

Já que gostas de ser sindicalizado e o teu sindicato não aceita o banco de horas, a partir de agora...

Não podes compensar faltas com horas extra

Se chegares atrasado, és descontado ao minuto

Acabaram as trocas de favores

Não podes trocar folgas, nem com colegas

Sendo isto acompanhado de contínuas apreciações e pressão para que os trabalhadores desistam da sindicalização no CESP — a título de exemplo, alguns trabalhadores perderam, este ano, o direito à majoração por terem aderido à greve em 2022.

Fonte:CAESP