Trabalhadores das empresas da indústria transformadoraTrabalhadores das empresas da indústria transformadora fazem esta manhã, desde as 11:30, uma concentração junto da sede da CIP, na Praça das Indústrias, em Lisboa, para exigir desta confederação patronal o aumento real dos salários em 15 por cento, com um mínimo de 150 euros, a valorização das carreiras e o direito à negociação colectiva. Participa nesta concentração a Secretária-Geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, que fará uma intervenção.

A realização desta concentração, promovida pela Fiequimetal e os seus sindicatos SITE Norte, SITE CN, SITE CSRA, SIESI, SITE Sul e STIM, em que participarão várias centenas de activistas, vindos de quase todos os distritos, encerra uma quinzena de esclarecimento, acção e luta, a decorrer desde o dia 5.

O aumento real dos salários constitui uma gritante necessidade dos trabalhadores e um imperativo nacional, bem como a valorização das carreiras profissionais e a efectiva negociação dos principais contratos colectivos de trabalho, designadamente nos sectores Automóvel, Metalúrgico, do Material Eléctrico e Electrónico, e Químico, entre outros.

Os salários médios nestes sectores de actividade têm perdido terreno para o salário mínimo nacional, pelo que se impõe a sua valorização.

O agravamento do custo de vida, que atinge os trabalhadores das empresas da indústria transformadora (tal como, em geral, os demais trabalhadores do nosso país), contrasta com o aumento dos lucros anuais das grandes empresas, designadamente a GALP (1000 milhões de euros), a EDP (946 milhões), a Navigator (201 milhões) a VW Autoeuropa (46,6 milhões) e a Somincor (13 milhões).

Durante a concentração intervêm dirigentes sindicais para dar conta da realidade laboral vivida nos diferentes sectores, das lutas desenvolvidas e de resultados alcançados.

Fonte: Fiequimetal