Diz a sabedoria popular que quando a manta é curta tapa-se a cabeça e descobrem-se os pés. É precisamente isso que está a acontecer na IP. Há uns tempos tínhamos como slogan “Somos todos IP”, mas uns são mais que outros!
A IP apresentou no dia 24, com pompa e circunstância, uma nova proposta de regulamento de carreiras, que só fez chegar aos sindicatos mais de uma semana depois da apresentação.
Esta proposta alegadamente suportada por 2,8 milhões de euros, não garante uma real valorização do conjunto das carreiras profissionais dos trabalhadores da IP. A proposta do novo modelo de regulamento de carreiras, onde todas as categorias profissionais, farão a sua progressão através de bandas salaria- is, anualmente, não nos parece mal.
O que está mal, é que continuamos a falar de salários demasiado baixos, numa carreira demasiado longa para uma progressão salarial muito baixa. Nalgumas carreiras levam-se 25 anos para atingir o topo de carreira com uma diferença de apenas 200 euros entre o início e o topo da carreira. Noutros casos, serão 31 anos para uma diferença de 370 euros.
Assim, continuaremos a ser uma empresa onde não existe atractividade em ingressar como trabalhador, tornando-se a cada dia que passa apenas gestora de contratos, sem capacidade operacional. Não vai ser assim que retemos os excelentes trabalhadores que temos e menos ainda que conseguiremos recrutar futuros bons profissionais.
Concordamos com a especificidade das funções e com a sua respectiva valorização, mas este princípio deverá ser aplicado à realidade concreta de carreira.
Leia comunicado completo da CNS da FECTRANS e FNSTFPS ---->>>>>