O Governo e a administração da Águas de Portugal (AdP), submissos às regras impostas pela União Europeia, o BCE e o FMI, sacaram 100 milhões de euros para melhorar as contas públicas, em vez de terem as contas certas com os trabalhadores — protestaram a Fiequimetal e o STAL.
Num comunicado conjunto, as duas estruturas da CGTP-IN no Grupo AdP recordam que os incumprimentos constantes do Acordo Colectivo de Trabalho têm conduzido ao empobrecimento dos trabalhadores, que são os responsáveis pela riqueza criada.
A «engenharia financeira», revelada há dias, veio comprovar que, como os trabalhadores têm dito, há milhões de euros de lucros.
Apesar disto, a administração tem privado os trabalhadores de aumentos salariais dignos, ao longo dos anos, alegando imposições e limites orçamentais. Afinal, parece que só são um problema quando se trata da valorização dos trabalhadores.
Considerando esta situação inadmissível, a Fiequimetal e o STAL apelam à continuação da luta por:
– Aumento salarial de 150 euros, para todos os trabalhadores, e fixação do salário de entrada em 1100 euros;
– Aumento do subsídio de refeição para 12 euros;
– Aplicação do Suplemento de Penosidade, Insalubridade e Risco;
– Redução da semana de trabalho para 35 horas, e 25 dias de férias anuais;
– Revisão do ACT, com uma nova tabela salarial e de conteúdos funcionais;
– Não limitação das tutelas no processo negocial.