Decorreu hoje mais um plenário dos docentes da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) destinado a fazer a avaliação da greve e decidir novas medidas de luta perante a ausência de resposta do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI).
De acordo com o presidente da ESEnfC, que participou no plenário, o ministro Fernando Alexandre terá já redigido um despacho para resolver a questão, estando este despacho a ser avaliado pelo Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) e pelo Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP).
Contudo, a verdade é que nada de concreto chegou aos docentes nem ao SPRC/FENPROF. Neste sentido, o plenário decidiu, por unanimidade, avançar com três medidas concretas, cuja concretização está na dependência de haver ou não uma resposta satisfatória por parte da tutela:
Ponto 1: os docentes da ESEnfC decidiram prolongar a greve até ao final de julho e lançar, em agosto, mais um pré-aviso de greve para o mês de setembro, deixando assim bem claro o seu firme propósito de não abrandar a luta até que sejam "descongeladas" as carreiras.
Ponto 2: foi decidido lançar um abaixo-assinado visando alargar a luta às restantes instituições de ensino superior, onde muitos docentes estão também "presos" no primeiro escalão pelas mesmas razões. Neste abaixo assinado todos os colegas poderão manifestar solidariedade com a luta e apelar ao MECI para a resolução do problema.
Ponto 3: no próximo dia 24 de julho, uma delegação da ESEnfC irá pessoalmente a Lisboa, ao MECI, para entregar o abaixo-assinado ao ministro e confrontá-lo com a falta de concretização das afirmações proferidas na reunião de dia 18 de junho com a FENPROF. Nesta reunião, o ministro considerou que a não existência do despacho conjunto não impedia as progressões e comprometeu-se a interceder junto das direções das escolas para resolver o problema.
No mesmo plenário, os docentes da ESEnfC reafirmaram a sua firmeza em continuar a luta, mas também deixaram bem clara a sua disponibilidade para analisar propostas que venham da parte da tutela e que corrijam esta profunda injustiça que penaliza os docentes das instituições de ensino superior.
Fonte: SPRC