TRABALHADORES DO SUCH RESPONDEM À MAIOR OFENSIVA DE SEMPRE DA EMPRESA COM A MAIOR GREVE DE SEMPRE

Os trabalhadores do SUCH - Serviço de Utilização Comum dos Hospitais, estão hoje em greve contra a maior ofensiva de sempre da empresa e pela negociação do Acordo de Empresa (AE) sem perda de direitos.

A esta ofensiva brutal da empresa, os trabalhadores responderem com uma greve que está a ter a maior adesão de sempre, registando-se uma adesão e 100% nas cantinas dos Hospitais de São João e Pedro Hispano, na lavandaria do Hospital Magalhães Lemos, nas rouparias dos hospitais de Santo António e São João, nos resíduos e manutenção, etc., onde estão apenas a ser assegurados os serviços mínimos legais.

Os trabalhadores em greve concentraram-se nos escritórios do SUCH no Porto, na rua Eng. Ferreira Dias 370, onde aprovaram a seguinte moção:

Moção

APROVADA PELOS TRABALHADORES DO SUCH, EM GREVE, CONCENTRADOS FRENTE AOS ESCRITÓRIOS DA EMPRESA NO PORTO

 Considerando que:

• Os salários praticados no SUCH são muito baixos, mais de 90% dos trabalhadores recebem praticamente o Salário Mínimo Nacional;

• O SUCH decidiu unilateralmente proceder a aumentos salariais, mas o aumento dado é manifestamente insuficiente, face ao aumento dos preços de bens essenciais, das rendas de casa e das prestações bancárias de habitação;

• O SUCH recusou todas as propostas sindicais de melhoria do Acordo de Empresa e de melhorias das condições de vida e de trabalho;

•O SUCH apresentou, pela primeira vez, propostas de desregulamentação dos horários, de banco de horas, adaptabilidade de horário e horários concentrados de 12 horas diárias, retirada do dia de funeral de tios, não pagamento dos feriados e a sua substituição por um dia de descanso, eliminação da cláusula que impedia a Empresa de cobrar ao trabalhador os utensílios partidos ou desaparecidos, entre outras propostas gravosas para os trabalhadores;

• O SUCH pertence aos hospitais públicos onde vigora o regime de 35 horas semanais, mas o SUCH recusa este regime e outros benefícios que são direitos dos trabalhadores da administração pública;

• A administração do SUCH manteve uma posição de grande intransigência e inflexibilidade desde o início das negociações de revisão do Acordo de Empresa para 2024.

Assim, os trabalhadores do SUCH em greve, concentrados em frente dos escritórios do SUCH no Porto, na rua Eng.º Ferreira Dias, n.º 370, no dia 16 de agosto exigem ao SUCH:

1. A aplicação do AE celebrado entre a FESAHT/CGTP-IN;

2. A reposição das diferenças salariais até 1.000,00 €, com mínimo de 60,00€;

3. A 2ª diuturnidade no valor de 10,00 € para quem tenha 20 anos de antiguidade;

4. O subsídio de risco para todos os trabalhadores;

5. A contagem da meia hora de refeição como tempo de trabalho;

6. Negociação imediata do Acordo de Empresa sem perda de direitos.

 

Porto, 16 de agosto de 2024

Os Trabalhadores

Trabalhadores dos SUCH