Dia 21 de Setembro iniciam-se as aulas na esmagadora maioria das escolas portuguesas. É de notar que quase todas as escolas optaram por iniciar as aulas nesse dia, resultando tal decisão da desconfiança que têm da equipa ministerial e da sua capacidade para, antes dessa data, garantir as condições adequadas a uma normal abertura das actividades lectivas.
Assim, teremos a abertura de ano lectivo mais tardia do século XXI, cujas datas de recomeço das aulas se situavam, até agora, entre 10 (2001/2002) e 17 de Setembro (2007/2008). A esta abertura tardia não será alheia a realização de eleições, ficando apenas 10 dias úteis entre o recomeço das aulas e o ato eleitoral.
Se foi possível até aqui, com o atraso global decidido pelo MEC, disfarçar problemas e dificuldades que se colocam às escolas nesta abertura de ano lectivo, infelizmente o atraso não os resolve, sendo que alguns se arrastam há anos. A FENPROF fez um levantamento de situações, identificou os principais problemas e fará um ponto de situação das condições de abertura, em Conferência de Imprensa a realizar na próxima segunda-feira.
Como dia 21 é o primeiro dia útil da campanha eleitoral, a FENPROF enviará nesse dia, aos partidos e coligações candidatos, as exigências imediatas que apresentará ao novo poder político que se constituirá (grupos parlamentares e governo), esperando que tal contribua para, em período de campanha, se realizar o debate necessário em torno das questões da Educação, tema que tem sido pouco abordado nos debates pré-eleitorais.