No sector privado de transporte de mercadorias, os trabalhadores são confrontados em muitas empresas, com a precariedade no trabalho e com a falta de cumprimento da contratação colectiva e da legislação de trabalho e com a desvalorização dos salários, em virtude da não revisão dos salários há muitos anos, só actualmente decorrem negociações com a associação patronal e porque no sector se há problemas para os patrões, há ainda muitos âmis para os trabalhadores, pelo que enviamos ao governo um oficio, com um pedido de reunião para discussão dos mesmos e para que os responsáveis ouçam as razões de queixa dos trabalhadores. O conteúdo do oficio é o seguinte:
Os trabalhadores do sector rodoviário de transportes de mercadorias são confrontados com uma realidade no que concerne às relações laborais assente em baixos salários, que servem de pretexto para aplicação de regras de remuneração ao quilómetro, à tonelagem e outros esquemas similares. Um Sector que vive à margem da Contratação Colectiva que não é revista desde 1997, numa relação assente na precariedade no trabalho e propício à aplicação de ritmos e cargas de trabalho que põem em causa a saúde dos trabalhadores e que contribuem para a insegurança no trabalho e demais utentes da via pública.
O actual governo não pode ignorar esta realidade, tal como já fizeram os anteriores, pelo que em qualquer abordagem dos problemas deste sector, não pode ignorar que o mesmo assenta na força de trabalho de milhares de motoristas e trabalhadores de outras profissões, que, apesar de relações de trabalho assentes em elevados índices de exploração, asseguram uma actividade imprescindível para a economia nacional.
Não assistiremos impávidos e serenos ao aproveitamento dos trabalhadores e da sua força de trabalho, para forçar soluções com respostas aos problemas patronais, continuando a assistir ao aprofundamento dos problemas que afectam os trabalhadores e ao contínuo incumprimento da contratação colectiva e da legislação laboral deste País.
Assim, considerando que é preciso romper com as políticas de precariedade e ilegalidade no trabalho, vimos solicitar ao governo da república, uma reunião em que sejam envolvidos os Ministérios que interferem na actividade deste sector, bem assim como o Ministério do Trabalho.