É urgente travar a degradação económica e social do país
Os dados acabados de divulgar pelo INE sobre as estimativas das Contas Nacionais para 2012, em conjunto com os resultados do Inquérito ao Emprego ontem conhecidos, revelam que a crise se aprofundou no quarto trimestre do ano passado em resultado da política de austeridade, conduzindo a uma destruição sem precedentes do nível de emprego e fazendo disparar a taxa de desemprego.
Os dados hoje divulgados apontam para uma redução do produto interno bruto de - 3,2% em 2012, acima da previsão de - 3% do Governo, e uma redução de - 3,8% no quarto trimestre. Há mais de 30 anos que se não observava uma recessão económica tão profunda no país. Na zona do euro só a Grécia teve um resultado tão desfavorável em 2012. Tal facto não pode ser dissociado da intervenção do FMI, BCE e UE, a que Portugal e a Grécia estão a ser sujeitos.
Em Portugal está-se a conjugar a diminuição da procura interna, devido à baixa do poder de compra da generalidade da população (aumento do desemprego, cortes salariais, cortes nas pensões e nas prestações e apoios sociais, aumento de impostos), com a quebra significativa da procura externa, ou seja das nossas exportações.
Nestas condições, manter a política de austeridade só agravará as condições económicas e o sofrimento da população e não resolverá nenhum problema do país. A CGTP-IN exige a mudança urgente desta política e deste Governo e apela à participação massiva na Jornada de Acção e Luta que se realiza no dia 16 de Fevereiro em 24 cidades do Continente e Regiões Autónomas.
Lisboa, 14.02.2013