As novas pensões vão ter uma redução significativa
 De facto é surpreendente que o aumento entre 2009 e 2010 da esperança de vida aos 65 anos seja de 1,5%. A confirmar-se definitivamente este valor, as pensões por velhice para os trabalhadores que se reformarem a partir de 1 de Janeiro de 2011, vão ter uma redução já com significado, ou seja, à pensão atribuída pelo cálculo em vigor irá ser deduzido 3,14%. Numa pensão de 500 euros irá ser deduzido 15,70 euros todos os meses, e em 14 meses a quebra será de 219,80 euros; e numa pensão de 1.000 euros a quebra será de 439,60 euros, e assim sucessivamente.

 

 

 

Comunicado de Imprensa n.º 068/10

É Surpreendente como num só ano a esperança de vida aos 65 anos aumentou tanto

As novas pensões vão ter uma redução significativa

O Governo mais uma vez não faz nenhuma publicação do factor de sustentabilidade para aplicar às pensões por velhice em 2011, colocando hoje na página da internet da Segurança Social o valor provisório da esperança de vida aos 65 anos para 2010 que o INE divulgou recentemente.

O valor provisório revela um aumento da esperança de vida aos 65 anos de tal modo significativo que não pode deixar de surpreender, tendo presente o que aconteceu em anos anteriores.

Entre 2006 e 2007, a esperança de vida aos 65 anos no nosso País aumentou 0,6%. Entre 2007 e 2008 aumentou 0,8% e entre 2008 e 2009 a subida foi de 0,3%.

De facto é surpreendente que o aumento entre 2009 e 2010 da esperança de vida aos 65 anos seja de 1,5%. A confirmar-se definitivamente este valor, as pensões por velhice para os trabalhadores que se reformarem a partir de 1 de Janeiro de 2011, vão ter uma redução já com significado, ou seja, à pensão atribuída pelo cálculo em vigor irá ser deduzido 3,14%.

Numa pensão de 500 euros irá ser deduzido 15,70 euros todos os meses, e em 14 meses a quebra será de 219,80 euros; e numa pensão de 1.000 euros a quebra será de 439,60 euros, e assim sucessivamente.

A CGTP-IN esteve totalmente discordante da introdução deste instrumento criado pelo actual Governo PS com o compadrio do PSD e CDS, dado que só tinha o objectivo de reduzir as pensões por velhice.

A CGTP-IN considera totalmente aberrante e descabido que o factor de sustentabilidade corresponda a uma correcção acumulada desde 2006.

A CGTP-IN não desistirá de lutar por esta causa. Ainda recentemente foi discutida na Assembleia da República a 2ª Petição por nós apresentada e que mereceu, mais uma vez, a discordância do PS, PSD e CDS.

DIF/CGTP-IN

Lisboa, 07.12.2010