multidaoAs causas por detrás dos 123 milhões de pessoas na Europa e mais de 2,7 milhões em Portugal que são empurrados para a exclusão social, estão directamente ligadas com a retribuição cada vez mais baixa nos novos contratos de trabalho e com os cortes nos salários, nas pensões, nos apoios sociais e a degradação dos serviços públicos, bem como uma política fiscal que isenta os que mais têm e sobrecarrega quem trabalha e trabalhou.

Uma política que usa o Tratado Orçamental e a obsessão da redução do défice para reduzir drasticamente o investimento público e asfixiar as funções sociais do Estado e faz da dívida pública o instrumento de chantagem para esmagar o desenvolvimento económico e social e a soberania do país.

A actual situação confirma, que a mudança necessária não passa por interpretações benignas da política seguida para que tudo fique praticamente na mesma.

Há alternativa!

É tempo de fazer a ruptura com esta política de exploração e empobrecimento e traçar um novo rumo que valorize o trabalho e dignifique os trabalhadores, revogue as normas gravosas do Código do trabalho; assegure o aumento geral dos salários e das pensões, a defesa da contratação colectiva e a promoção do emprego com direitos; por serviços públicos e funções sociais do Estado públicas, universais e gratuitas e pelo fim das privatizações; por uma política fiscal que incida sobre os rendimentos do capital e alivie os das famílias; e pelo funcionamento democrático das instituições, livre das imposições do "mercado" e de quem o determina.

Para a CGTP-IN, numa altura em que este e outros estudos confirmam os reais objectivos e consequências da política imposta, em que a redução das condições de vida e trabalho é a regra para a generalidade da população, as eleições do próximo dia 4 de Outubro assumem-se como uma oportunidade para levar a luta ao voto e derrotar o governo PSD/CDS e a política de direita, e construir uma nova correlação de forças na Assembleia da República que dê corpo à alternativa de esquerda e soberana, que o povo exige e o país precisa.

Lisboa, 10.09.2015
DIF/CGTP-IN