MLopes foto capaEstão abertas as candidaturas à edição de 2018 do Prémio Manuel Lopes. O Prémio Manuel Lopes 2018 distingue as personalidades e organizações que mais se tenham destacado, durante o ano de 2017, na implementação e difusão de boas práticas ou na realização de estudos e trabalhos de investigação em domínios relevantes para a melhoria e inovação da contratação coletiva, nomeadamente em matérias como a dignificação do trabalho e das condições em que este é prestado.

As candidaturas apresentadas em formulário próprio para cada categoria - "BOAS PRÁTICAS" ou "ESTUDOS E INVESTIGAÇÃO", devem ser entregues, até ao dia 30 de junho, diretamente nas Delegações Regionais do IEFP, ou enviadas, por correio registado com aviso de receção, para os serviços centrais do IEFP, dirigidas ao presidente do Conselho Diretivo.

Instituído em 2001 com o propósito de homenagear Manuel Correia Lopes, sindicalista e fundador da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP), cuja vida foi em grande parte dedicada à implementação da contratação coletiva e à sua afirmação como instrumento de progresso das condições de vida dos trabalhadores e de dignificação do trabalho, este Prémio atribui um diploma de mérito e uma prestação pecuniária no montante de 12 500 Euro, aos vencedores de cada uma das categorias.

 

 

Manuel Lopes (1943-1999)
mlopes.jpgManuel Lopes iniciou a sua actividade sindical em 1964, no então Sindicato dos Lanifícios de Lisboa, e trabalhou intensamente, em conjunto com outros sindicalistas, na criação da Intersindical Nacional, hoje CGTP-IN, da qual foi fundador, em 1970. Permaneceu membro da Comissão Executiva do Conselho Nacional da CGTP-IN desde 1977.
Foi um dos oradores no primeiro comício comemorativo do 1º de Maio em liberdade, em 1974. Foi também o primeiro sindicalista a falar na televisão portuguesa no direito à greve. Em Junho de 1974 foi escolhido como delegado dos trabalhadores à conferência da OIT.
Presidiu à mesa do 1º Congresso da Intersindical e passou a integrar todos os seus secretariados, excepto o primeiro.
Teve também uma intensa actividade política e cívica: Pertenceu ao MDP/CDE, antes do 25 de Abril; foi fundador do MES; foi deputado à Assembleia da República entre 1980 e 1985, como independente nas listas do PCP; fez parte da Comissão de Apoio à Eleição de Mário Soares para Presidente da República (2º mandato); integrou a Comissão de Honra da Candidatura de Jorge Sampaio a Presidente da República; era deputado, pelo terceiro mandato consecutivo, na Assembleia Municipal de Lisboa, em representação da CDU. Era membro da direcção do Conselho Português para a Paz e a Cooperação e foi durante anos presidente da Mesa da Assembleia Geral da Voz do Operário.