Realizou-se no dia 29 de Dezembro, um protesto em Vilamoura contra a repressão patronal que se tem vindo a acentuar nos últimos tempos no sector do turismo. A acção foi organizada pelo Sindicato da Hotelaria do Algarve com o objectivo de continuar a exigir à Administração do Hotel Crowne Plaza Vilamoura a reintegração dos 3 sindicalistas despedidos ilegalmente no dia 21 de Novembro.

Crowne Plaza VilamouraOs trabalhadores despedidos, dirigentes, delegados e activistas sindicais deste sindicato e de outras estruturas representativas de trabalhadores e população em geral concentraram-se em frente ao Hotel Crowne Plaza Vilamoura pelas 15h00, seguindo depois em desfile pelas ruas de Vilamoura em direcção à Marina de Vilamoura, onde se concentraram em frente ao Hotel Olympus, para fazer a denuncia pública deste ataque do patronato da hotelaria contra os direitos dos trabalhadores e o regime democrático.

No dia 28, os trabalhadores despedidos e o coordenador do Sindicato estiveram reunidos com a Secretária de Estado do Turismo para denunciar o aumento da repressão patronal sobre os trabalhadores que exigem a melhoria dos salários e das condições de trabalho, denunciar o aumento acentuado da exploração e do empobrecimento no sector e exigir medidas urgentes para melhorar as condições de vida dos trabalhadores e a qualidade do serviço prestado.

Entretanto os trabalhadores continuam à espera da resposta do Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e do presidente da Câmara Municipal de Loulé ao pedido de reunião enviado pelo Sindicato no dia 12.

O Sindicato da Hotelaria do Algarve lamenta a forma como os patrões da hotelaria estão a tratar os trabalhadores e o facto de estes não quererem respeitar as regras inerentes à existência da democracia. É lamentável que os hoteleiros não queiram repartir pelos trabalhadores uma parte da riqueza criada por estes, particularmente numa altura em que o sector bate todos os recordes.

O Sindicato reafirma que irá levar a cabo todas as acções e formas de luta necessárias até que se faça justiça e os trabalhadores regressem aos seus postos de trabalho e vejam os seus direitos respeitados, nomeadamente o direito a viver condignamente.

Fonte: STIHTRSA