ren salariosNa assembleia-geral da REN, dia 6, os accionistas decidiram o previsto sobre a repartição dos lucros, conseguidos pelos trabalhadores do Grupo: distribuir aos accionistas 96 por cento do resultado obtido, ou seja, mais de 118 milhões de euros. Para os trabalhadores sobram migalhas.

Na reunião que se realizou no mesmo dia, por meios electrónicos, a Fiequimetal exigiu, mais uma vez, que seja retomada a negociação da tabela salarial de 2020 com a máxima urgência.

Os representantes da administração desculparam-se com o facto de ter ocorrido a assembleia-geral e, por isso, não ter havido tempo para decidirem, admitindo que talvez possa haver alterações na semana seguinte.

A federação, na informação divulgada aos trabalhadores após a reunião, defende que a administração pode e deve apresentar uma proposta digna desse nome na reunião que terá lugar esta semana.

O Grupo REN deve dar o justo valor aos trabalhadores, que tanto tem enaltecido pelo seu desempenho durante esta crise.

Só a temperatura?

Em relação ao regresso aos locais de trabalho, foi dito que ele será faseado e que vão ser publicadas as orientações para um regresso em segurança.

A Fiequimetal exigiu que esse documento seja fornecido aos sindicatos, para que possa ser avaliado. Sugeriu também que a REN, a exemplo do que a EDP se propõe fazer, efectue testes a todos os trabalhadores antes do regresso ao trabalho presencial.

A administração parece decidida a apenas efectuar medições de temperatura.

Foi deixado um alerta para o facto de essa medição violar leis nacionais e comunitárias, realçando que não se compreende a necessidade dessa violação dos princípios da protecção de dados e da reserva da intimidade da vida privada, quando as recomendações quer da Direcção-Geral da Saúde, quer da Autoridade para as Condições do Trabalho vão no sentido de que o próprio trabalhador deve controlar a sua temperatura e outros sintomas, antes de se deslocar para o seu local de trabalho.

FONTE: FIEQUIMETAL