Sobre o grupo de trabalho em que estão presentes a APEFE, a APSTE e a APORFEST e o Ministério da Cultura. Não questionamos naturalmente a presença destas associações, mas entendemos que falta claramente a presença do CENA-STE.
Vemos com grande preocupação que se estabeleça um grupo de trabalho, que pretende discutir em que condições serão realizados os festivais e espectáculos de música, sem a presença do representante legítimo dos trabalhadores.
Estes trabalhadores das áreas técnicas, técnico-artísticas, artísticas e de mediação são dos mais violentamente afectados pela pandemia e pelos cancelamentos que daí resultaram, são também uma grande parte dos trabalhadores que ficaram de fora dos apoios sectoriais do Ministério da Cultura. É preciso que o retomar desta actividade não se baseie nas relações de trabalho, que levaram milhares de trabalhadores a estarem hoje numa situação de grandes dificuldades, e se construam alicerces para um futuro sustentado e seguro para todos os profissionais.
Entendemos que as questões de funcionamento e organização do trabalho em função de medidas de saúde pública, planos de contingência, circuitos de trabalhadores e público, possibilidades de suspensão/adiamento, com as possíveis ainda piores consequências para os trabalhadores desta área, são questões em que a participação do sindicato não é só relevante como fundamental.
Os trabalhadores deste sector não podem ficar sem voz e caberá ao governo, como figura de intervenção e mediação neste tipo de grupos de trabalho, assegurar a presença do CENA-STE nas próximas reuniões deste grupo.
FONTE: CENA-STE