Exigido em Lisboa futuro para a refinaria do PortoOs participantes nas duas tribunas públicas, que as organizações representativas dos trabalhadores da Petrogal (Grupo Galp Energia) realizaram ontem frente à sede da empresa e junto da residência oficial do primeiro-ministro, reclamaram com fundamentos fortes a reversão da intenção de encerramento da refinaria do Porto.

Na resolução aprovada em São Bento e, em seguida, entregue em mão no gabinete do chefe do Governo, exige-se:

• A tomada de medidas para a manutenção e continuidade da laboração na refinaria do Porto, em Matosinhos;

• Investimentos e formação profissional na refinaria, tendo em vista a sua modernização e adequação à produção de novos produtos;

• A defesa do emprego com direitos e do interesse nacional.

No documento, a administração da Galp é acusada de, com o apoio do Governo, tomar a opção do encerramento, porque é aquela que melhor serve os interesses dos seus accionistas. Não existe qualquer necessidade, não há qualquer crise a superar. A Galp não está a perder dinheiro, nem nada perto disso, quer é ganhar mais. Vai prejudicar o País, mas isso é algo que nunca incomodou os accionistas da Galp.

A acção de luta de 2 de Fevereiro foi convocada pela Comissão Central de Trabalhadores da Petrogal, a Fiequimetal/CGTP-IN e os sindicatos SITE Norte, SITE CSRA, SITE Sul e SICOP, envolvendo a participação de trabalhadores da refinaria ameaçada, mas também da refinaria de Sines e dos serviços centrais da Petrogal.

Cerca das 10 horas, os trabalhadores, em manifestação, gritando palavras de ordem como «Petrogal é nossa, não é do capital», começaram a percorrer as poucas centenas de metros desde o local onde desceram dos autocarros até à sede da Petrogal e do Grupo Galp Energia, nas Torres de Lisboa, onde permaneceram com bandeiras, faixas e tambores improvisados.

Cerca das 12 horas, também se iniciou assim a tribuna pública junto da residência oficial do primeiro-ministro.

Em ambos os locais, além das intervenções de dirigentes das ORT e trabalhadores da Petrogal, usou da palavra, no final, a secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha.

Nas tribunas públicas fizeram breves intervenções de saudação Diana Ferreira (na sede) e Sandra Pereira (em São Bento), deputadas do PCP na AR e no Parlamento Europeu, respectivamente.

Ficou afirmada nesta jornada a determinação de prosseguir a luta, até que a intenção de encerrar a refinaria do Porto seja derrotada, como sucedeu com tentativas anteriores.

FONTE: FIEQUIMETAL