No Plenário de Trabalhadores do passado dia 5 de Abril, os trabalhadores foram confrontados com a resposta ao Caderno Reivindicativo por parte da Administração da EMEL.
O Conselho de Administração (CA) da EMEL rejeitou a grande maioria das propostas apresentadas.
À proposta de aumento salarial de 90€ para todos os trabalhadores, respondem com um aumento de 15€, afirmando que não podem ir mais longe! Ao mesmo tempo o CA assume publicamente que recuperou financeiramente aos níveis pré-pandemia e apresenta planos de investimentos de largos milhões!
A EMEL prevê receitas superiores a 40 milhões de euros, mais de 11 milhões comparando com o ano anterior, mas mantém a mesma postura de 2021, com propostas de aumento miseráveis (e que no ano anterior deixaram muitos trabalhadores de fora).
Os trabalhadores da EMEL, que são os que produzem a riqueza, estão indignados e acham inaceitável que a empresa responda aquém do que é possível e necessário! Exigem aumentos salariais dignos que respondam ao brutal aumento do custo de vida e a valorização das carreiras e profissões.
Desta forma, os trabalhadores reunidos em Plenário decidiram, como forma de protesto, realizar um plenário para mostrar à Administração o seu descontentamento e estão determinados a levar a cabo todas as formas de luta necessárias para alcançar os seus objectivos, nomeadamente, a realização de uma greve no mês de Maio.
Foram ainda recolhidas assinaturas de um abaixo-assinado onde se exige ao CA da EMEL que altere a sua proposta e que apresente um valor significativo para o aumento dos salários de todos os trabalhadores e que não ignore o conjunto das outras propostas apresentadas pelos trabalhadores.
Também se exige que a Câmara Municipal de Lisboa, como único accionista, dê orientações claras ao CA no sentido acima descrito.
No dia 7 de Abril, a comissão sindical informou a empresa das decisões do plenário e entregou o abaixo-assinado.
Reafirmámos a disponibilidade dos trabalhadores para negociar e aguardamos que a empresa apresente uma proposta com um valor para o aumento salarial que seja digno.
Responsabilizámos a EMEL por todas as formas de luta que os trabalhadores vão levar a cabo para alcançar os seus objectivos.
Entrega de ofício e abaixo-assinado à CML
No passado dia 8 de Abril, o CESP foi entregar em mão no gabinete do Sr. Vereador Ângelo Fialho e Pereira, ofício em conjunto com o abaixo-assinado dos trabalhadores da EMEL a demonstrar o seu descontentamento à proposta apresentada pela Administração, relativamente ao Caderno Reivindicativo para o ano 2022, exigindo a sua intervenção.
Ainda no dia 8 de Abril, foi dado conhecimento aos Grupos Municipais da CML do ofício enviado ao vereador bem como do abaixo-assinado dos trabalhadores da EMEL.
Fonte: CESP