Com a vontade, unidade, propostas e firmeza dos trabalhadores, do SITE CSRA e da sua comissão negociadora sindical (CNS) na Alliance Healthcare Portugal, foram alcançados avanços na melhoria das condições de vida, com um significativo aumento médio dos salários.
Na negociação das reivindicações aprovadas pelos trabalhadores, ao fim de várias reuniões, foi conseguida uma actualização salarial anual, com efeitos retroactivos a Janeiro, e foram revistas algumas matérias pecuniárias.
Firmes para recuperar perdas
Desde o começo das negociações com a administração, a CNS alertou que as actualizações insuficientes dos últimos anos estavam a provocar a desvalorização dos salários, enquanto a empresa registou nos últimos anos excelentes resultados. Os representantes dos trabalhadores salientaram ainda que era também necessário responder às elevadas taxas de inflação e à perda do poder de compra dos últimos meses.
Nas primeiras reuniões, os progressos foram lentos, com os representantes patronais a suscitarem questões relacionadas com o contrato colectivo (CCTV) ou a argumentarem que não era possível aumentar salários, pois isso colocaria a empresa em risco.
Graças à intervenção dos trabalhadores, organizados no seu sindicato, conseguiu-se que a empresa alterasse estas posições.
Nas reuniões de negociação, a CNS manteve-se firme, no cumprimento das decisões aprovadas pelos trabalhadores em plenários, o que foi determinante para os resultados obtidos.
É possível melhorar
O sindicato considera que os resultados foram positivos, representando, para a maioria dos trabalhadores, um aumento dos salários entre 20 e 40 euros, o aumento do subsídio de refeição para sete euros e a subida das diuturnidades para 6,15 euros.
Estes valores ficam ainda longe daquilo que pode ser praticado na empresa e, em geral, no sector da distribuição farmacêutica. Para o SITE CSRA, é necessário que a Alliance Healthcare pague melhores salários e valorize mais o esforço dos seus trabalhadores, os principais obreiros dos resultados financeiros obtidos nos últimos anos.
A reivindicação e a luta não vão parar, assegura o sindicato. As restantes reivindicações apresentadas – redução do horário de trabalho; regulamento do trabalho por turnos; conciliação da vida familiar e social com os horários de trabalho aos sabádos, domingos e feriados; tempo para uma diuturnidade e aumento do número de diuturnidades - vão fazer parte das próximas discussões dos trabalhadores, para apresentar à empresa e negociar ainda em 2022 e em 2023.