greve stalEM GREVE NO PERÍODO DA PÁSCOA

Trabalhadores da ERSUC, FCC Environment e Parques de Sintra em luta por aumentos salariais e mais direitos

Descontentes com a situação que se vive nas respectivas empresas, os trabalhadores da Parques de Sintra – Monte da Lua realizam uma greve de 6 a 9 de Abril; os da FCC Environment Portugal entre os dias 7 e 11; e os da ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro, S.A. nos próximos dias 10 e 11. Em comum, estas acções de luta têm a reivindicação de melhores salários, a dignificação das profissões e o respeito pela contratação colectiva, assim como a urgência em travar a exploração, a precariedade laboral e a degradação das condições de trabalho.

O STAL responsabiliza as administrações das três empresas por estas acções de luta, que resultam do profundo descontentamento e da contínua falta de respostas concretas às exigências dos trabalhadores, cujo poder de compra se tem vindo a degradar nos últimos anos – degradação que se faz sentir, de forma mais acentuada, desde 2022, em que se registou a maior taxa de inflação dos últimos 30 anos e uma subida brutal dos preços dos bens alimentares, do custo com a habitação e da energia – face aos baixos salários praticados nas empresas, a que se soma o claro desinvestimento nas condições de trabalho.

A situação actual exige medidas imediatas de valorização dos salários, dignificação das profissões e do respeito pelas funções; assim como é urgente combater a exploração, a precariedade laboral e a degradação das condições de trabalho.

Os trabalhadores são quem mais sofre com um permanente “défice financeiro” no final de cada mês, o que os coloca em situação economicamente difícil e de particular fragilidade social, pelo que estão unidos e determinados em defesa das suas propostas reivindicativas, designadamente:

– Aumento salarial de 10%, num mínimo de 100€, para todos os trabalhadores, com retroactivos a Janeiro de 2023;

– Implementação de um salário de entrada de 850 (de 860€ no caso da PSML);

– A actualização do subsídio de refeição e dos diversos subsídios e suplementos;

– A fixação do período de trabalho em 7 horas diárias, 35 horas semanais e 25 dias de férias;

– O pagamento do Subsídio de Insalubridade, Penosidade e Risco;

– Fixação do trabalho nocturno entre as 20h de um dia e as 7h do dia seguinte, compensado com um acréscimo de 25% da retribuição mensal;

– A criação e valorização das carreiras, bem como a progressão e promoção profissional, e a regularização das situações de vínculo precário;

– Melhores condições laborais e o respeito pelas normas de Segurança e Saúde nos locais de trabalho.

Está nas “mãos" das administrações da ERSUC, da FCC Environment Portugal e da Parques de Sintra - Monte da Lua encetar negociações sérias e há muito reivindicadas com o STAL e os trabalhadores, que estão conscientes do impacto negativo destas paralisações junto das populações, mas que é, única e exclusivamente, da responsabilidade dos conselhos de administração das respectivas empresas.

Fonte: STAL