Depois de ter adiado quase um mês a reunião plenária de 19 de Abril, a administração da EDP demora a cumprir a promessa de enviar propostas concretas para 17 de Maio. Pior, suscita novas ameaças aos trabalhadores e reformados.

Comprova-se, como a Comissão Intersindical da Fiequimetal na EDP tinha alertado, que só com a luta é que se poderá forçar a administração a ceder.

A poucos dias da reunião plenária, que a administração adiou para 17 de Maio, nada foi ainda apresentado à Fiequimetal e aos sindicatos, para concretizar a promessa patronal de entregar com antecipação a sua proposta negocial. Estão em causa as progressões de carreira e as reformas.

Num comunicado aos trabalhadores, difundido ontem, a Comissão Intersindical comenta que esta postura negocial em nada se enquadra com a imagem de «top employer» que tanto a administração apregoa.

Exige-se que os problemas dos trabalhadores sejam discutidos de forma clara e séria.

É renovado o apelo a que os trabalhadores das empresas do Grupo EDP subscrevam o abaixo-assinado pela redução do tempo de progressão e pela valorização das carreiras no grupo EDP.

Reunião bilateral

Em lugar da reunião plenária (com todos os representantes sindicais) de 19 de Abril, a administração convocou uma reunião bilateral com a Fiequimetal, na qual voltámos a reiterar as nossas posições e propostas, reafirmando a urgência de se negociar de forma efectiva.

Informámos que estamos abertos para a negociação, mas apenas com propostas concretas e assumidas pela administração, e não apenas sobre meras probabilidades.

Defendemos que as carreiras devem ser encurtadas no tempo e as progressões devem ser mais rápidas, por forma a valorizar e motivar os trabalhadores, e também para reter o conhecimento na empresa.

Foi colocada na mesa pela administração o tema das pré-reformas e reformas. Reafirmámos que a idade normal ou legal de reforma é a que é decretada pelo Governo e tudo o resto são antecipações, penalizadas ou não, mas sempre facultativas. A administração não pode forçar os trabalhadores a reformarem-se mais cedo.

Já depois dessa reunião, a Fiequimetal teve conhecimento de uma ordem de serviço (OS 5/2023/CAE) que colide com normas do Acordo Colectivo de Trabalho (AC), nomeadamente quanto às distâncias para considerar a requisição de alojamento.

Foi imediatamente enviado o devido protesto ao Conselho de Administração Executivo, recusando alterações unilaterais do ACT.

Fonte: Fiequimetal