Os trabalhadores da Indorama, em Sines, organizados no SITE Sul, levaram hoje até aos ministérios do Trabalho (10 horas) e da Economia (11 horas), em Lisboa, a sua razão contra o lay-off e a sua determinação na luta pelo emprego com direitos e salário integral.
Em alternativa à grave medida tomada pela multinacional e que configura um passo na preparação da deslocalização (total ou parcial) da produção, os trabalhadores exigem:
• A igualdade de tratamento de todos os trabalhadores no pagamento dos salários na íntegra. Não pode haver filhos e enteados, sobretudo quando os trabalhadores que menos ganham são os mais prejudicados;
• A intervenção do Governo, para impedir mais um saque aos cofres públicos e para a preservação de todos os postos de trabalho;
• A intervenção do presidente da Câmara Municipal de Sines, junto do Governo e da Administração da Indorama, também para assegurar a segurança das instalações, na medida em que agora é pretendido reduzir o número de trabalhadores destinados a assegurar a integridade de uma fábrica com reconhecido risco de acidente ambiental industrial (classificação SEVESO), com impacto directo na região.
Os trabalhadores reuniram-se em plenários, no exterior da fábrica, a 18 e a 20 de Setembro. Neste último dia, deslocaram-se em manifestação até à Câmara Municipal, onde foram recebidos pelo presidente.
No dia 22, uma representação dos trabalhadores reuniu-se com a delegada regional do IEFP e o director do Centro de Emprego de Sines.
A decisão de realizar a deslocação a Lisboa foi tomada num terceiro plenário, a 25 de Setembro.
Uma moção de solidariedade com os trabalhadores e de condenação do lay-off foi aprovada pela Assembleia Municipal de Santiago do Cacém, a 28 de Setembro.
No lay-off a administração incluiu 134 trabalhadores. De fora ficaram 17, na sua maioria com cargos de direcção e mantendo as regalias inerentes. Cerca de 80 trabalhadores, em postos de trabalho indirectos, ficaram já sem emprego.
Fonte: Fiequimetal