Trabalhadores das empresas do Grupo Navigator, em greve, concentram-se sexta-feira no local onde os accionistas vão repartir os resultados anuais, para ali expressarem o descontentamento sentido nos locais de trabalho e a exigência de negociação dos cadernos reivindicativos e da proposta de revisão do Acordo de Empresa.
Passou já mais de um mês desde que lhe foi entregue a resolução aprovada pelos trabalhadores, em plenários, mas a administração continua a não dar respostas e não dá início à negociação dos cadernos reivindicativos e da proposta de revisão do AE da Navigator Company.
Ao invés e de forma unilateral, tem vindo a prejudicar os trabalhadores. Reduziu de 15% para 10% o pagamento do subsídio de turno, no regime de dois turnos. Vai pagar um prémio anual vergonhoso, no valor de 0,45 do ordenado dos Executantes. Antes, já tinha retirado os apoios aos enteados dos trabalhadores e aumentado a contribuição do seguro de saúde do cônjuge, em 2024, assumindo que essa mesma contribuição volta a aumentar em 2025.
A administração continua a não valorizar os salários dos seus trabalhadores. Foi fortemente esbatida a diferença para o salário mínimo nacional, que nos últimos nove anos subiu 335 euros, quando a actualização dos salários da maioria dos trabalhadores ficou muito abaixo deste valor.
É chegado o momento de levar o descontentamento aos accionistas e à opinião pública. Isso acontecerá com uma concentração de trabalhadores, no dia 24 de Maio, pelas 10h00, em Lisboa, junto ao Hotel Ritz (Rua Rodrigo da Fonseca, 88), onde irá realizar-se a assembleia de acionistas.
Foi emitido um pré-aviso de greve para permitir a deslocação dos trabalhadores.
