Marchas “Por Abril – Contra a Exploração e o Empobrecimento”

1 – Em reunião hoje realizada no âmbito da preparação das Marchas “Por Abril, Contra a Exploração e o Empobrecimento” a CGTP-IN destaca, a uma semana das manifestações na Ponte 25 de Abril (Lisboa) e do Infante (Porto), a forte dinâmica de adesão que já se verifica, envolvendo compromissos concretos de participação que se traduzem em centenas de autocarros já preenchidos e grande determinação manifestada nos milhares de contactos efectuados nos locais de trabalho em rejeitar a política do Governo e lutar por uma alternativa de esquerda e soberana ao serviço do povo e do país, que valorize o trabalho, promova um real aumento dos salários e das pensões, incremente a produção nacional e defenda e reforce as funções sociais do Estado e os serviços públicos.

2 – Tal como ontem ficou demonstrado nas reuniões efectuadas com os Presidentes das autarquias de Lisboa e Almada, não há nenhum problema inultrapassável que obste à realização da Marcha na Ponte 25 de Abril. Aliás, existe, isso sim, não só disponibilidade para cooperar na sua realização, como os mecanismos de apoio logístico aos manifestantes nas respectivas áreas de jurisdição, designadamente no Centro-Sul/Almada, estão já em desenvolvimento.

3 – A CGTP-IN reuniu ainda, no final da tarde de ontem, com o Governo na pessoa do Ministro da Administração Interna. No decorrer da reunião, a CGTP-IN demonstrou, uma vez mais, que são totalmente infundadas as questões pretensamente relacionadas com a segurança, que vêm sendo referenciadas pelo Governo. Aliás, sobre esta matéria, ninguém mais que a CGTP-IN pugna pela segurança de todos e todas quantos participam nas suas iniciativas, através da mobilização da sua organização e da cooperação com as forças de segurança!

4 – Nessa reunião, perante a ausência de argumentos válidos que justifiquem um veto político à Ponte 25 de Abril, o Governo avançou com o cenário da Marcha se poder realizar na Ponte Vasco da Gama. Tal posição não só constituiria uma intromissão no direito legal dos promotores definirem locais, percursos e objectivos como, na prática, consubstanciaria uma evidente tentativa de desvirtuar e condicionar a realização e o impacto da manifestação em Lisboa.

5 – A CGTP-IN reitera a sua disponibilidade para o diálogo, mas não aliena o direito legal e constitucional de expressão e de manifestação, enquanto garantes da defesa dos direitos, liberdades e garantias.

6 – Num momento em que o Governo prepara o Orçamento de Estado, que constitui um novo e mais brutal assalto aos trabalhadores, aos jovens, aos desempregados, aos reformados e pensionistas, a CGTP-IN reafirma a importância acrescida da participação massiva nas manifestações “Por Abril, Contra a Exploração e o Empobrecimento” no dia 19 de Outubro, em Lisboa e no Porto.

Lisboa, 12.10.2013
DIF/CGTP-IN